O Coritiba vai recorrer da ampla pena imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) ao zagueiro Escudero. A procuradoria entendeu que houve incitação pública ao ódio e à violência por parte do jogador e o suspendeu por 360 dias. O motivo foram as tuítadas que o argentino postou contra a torcida atleticana, na véspera de finalíssima do Campeonato Paranaense.
O departamento jurídico do clube já trabalha no recurso contrário à decisão do TJD-PR, mas ainda não recorreu. Embora o julgamento tenha ocorrido na terça-feira passada, o Alviverde ainda não foi notificado oficialmente da decisão, e aguarda o acórdão – documento que informa por escrito a pena prevista. O aviso deverá ser entregue hoje pela FPF e, a partir daí, o Coritiba tem três dias para protocolar sua defesa.
De acordo com o advogado do clube, Itamar Côrtes, a expectativa é que segunda-feira o recurso já esteja formalizado. Ainda para o advogado, faltou isonomia por parte da procuradoria no julgamento. Para embasar sua tese, Itamar Côrtes relembrou outro polêmico julgamento. Ano passado, diante da negativa do Paraná Clube em emprestar a Vila Capanema para o Atlético mandar seus jogos na Série B, Marcio Lara, dirigente atleticano, fez pesadas críticas, também via Twitter, à cúpula paranista. O peso do martelo do júri, no entanto, foi outro. “Faltou isonomia nos casos do Márcio Lara (dirigente do Atlético) e do Escudero. O dirigente do Atlético pagou R$ 2.500,00 para caridade e não cumpriu um dia de suspensão. Não é justo o atleta ser punido de modo tão severo em caso análogo”, desabafou.