O departamento jurídico do Coritiba vai tentar na quinta-feira a absolvição do técnico Dorival Júnior para que ele possa voltar a comandar a equipe na beira do gramado.
Ele foi expulso contra o Santos e pegou 30 dias de suspensão por supostamente ter ofendido a arbitragem. Por isso, contra o São Paulo, o treinador ficou num camarote do Couto Pereira e passou informações para Ivan Izzo no banco de reservas através de Édison Borges. Se a pena imposta pelo STJD não for derrubada, a defesa vai pedir a reversão do restante do prazo de gancho em cestas básicas.
“O recurso foi protocolado na quinta-feira passada e já nesta quinta-feira acontece o julgamento. O efeito suspensivo perdeu o objeto porque a comissão foi ágil e já vai haver o julgamento”, informou Gustavo Nadalin, diretor jurídico do Alviverde.
De acordo com ele, desta vez o técnico coxa terá como se defender porque estará presente no tribunal. “Ele vai poder dar sua versão dos fatos e mais do que isso teremos a palavra de Cuca (então técnico do Peixe e testemunha ocular da expulsão) porque nesses casos a palavra do árbitro na súmula é mais levada em consideração”, apontou.
Na semana passada, o julgamento aconteceu justamente na hora da partida do Coritiba contra o Figueirense, Júnior não esteve presente. O mesmo aconteceu com Cuca, que estava no Maracanã comandando o Fluminense e não pôde dar um testemunho favorável ao comandante do Alviverde.
Desta vez, com eles presentes, a tendência é pela absolvição, mas um paliativo seria a reversão do restante da multa em cestas básicas. “Como a pena é mínima há a possibilidade de reversão em cestas básicas. Isso já aconteceu antes”, destacou o advogado do Coxa.
Outro problema jurídico para o clube resolver será um indiciamento pelo copo arremessado ao gramado momentos depois do árbitro Marcelo de Lima Henrique, do Rio de Janeiro, não marcar um pênalti para o Alviverde.
“Tão logo o fato ocorreu corremos para pegar os dados do sujeito e levamos para o quarto árbitro e está tudo na súmula. O Coritiba reprimiu o ato como manda a lei e amanhã (hoje) mandamos toda a documentação para a procuradoria”, finalizou Nadalin. Com isso, como tem sido praxe, o clube não deverá ser denunciado e não haverá punição pelo ato do torcedor.