Em 12.º lugar na classificação do Campeonato Brasileiro, e praticamente livre de qualquer risco de ser rebaixado, o Coritiba vai provando que orçamento alto não é garantia de boa campanha. De acordo com levantamento com base na folha salarial dos clubes, o Coxa surge como o 6.º clube que menos gasta com seu elenco – cerca de R$ 1,8 milhão por mês – mas, mesmo assim, está à frente de equipes que gastam muito mais, como Flamengo (R$ 5 milhões), Bahia (R$ 2 milhões) e Palmeiras, que, mesmo tendo o 5.º maior orçamento do país (R$ 5,9 milhões), se encontra na zona de rebaixamento.

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Para 2013, os gastos salariais devem aumentar no Alviverde, principalmente com a chegada do meio-campo Alex e, possivelmente, com a vinda de outros reforços. Entretanto, o presidente Vilson Ribeiro de Andrade sempre reforça que não fugirá do orçamento do clube e que não fará loucuras com contratações. “Hoje não nadamos em águas tranquilas, mas estamos equilibrados” repete o dirigente, sempre que pode.

Os números mostram que um elenco caro pode trazer resultados e colocar o time na ponta da tabela. Tanto que o Fluminense, que gasta aproximadamente R$ 8 milhões mensais, é o líder do Brasileirão, seguido por Atlético-MG, (RS 5,5 milhões), Grêmio (R$ 7 milhões) e São Paulo (R$ 6,4 milhões). Em 2011, o Corinthians, que foi o campeão, foi a equipe que mais gastou com futebol ao longo da temporada, enquanto o Flu, o segundo, terminou na terceira colocação.

Entretanto, existem casos que fogem à regra. Entre os 20 times da elite, a Ponte Preta é que menos gasta por mês (aproximadamente R$ 1 milhão) mas ainda assim ocupa o 10.º lugar na classificação, com chances reais de terminar entre os oito primeiros.

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Outro exemplo é o Náutico, que tem a terceira menor folha salarial (R$ 1,5 milhão) mas aparece com os mesmos 42 pontos do Coritiba, em 13.º. São casos de clubes que, provavelmente com um ou outro reforço de melhor qualidade técnica, e consequentemente mais caro, poderiam ter uma campanha semelhante aos que gastam o dobro ou até o triplo.

Do lado oposto, também surgem execções. Além do Palmeiras, outro que não faz valer os gastos é o Internacional. O Colorado tem o quarto maior orçamento (R$ 6 milhões) mas mesmo assim deve ficar de fora do grupo que vai se classificar para a Libertadores. O que mostra que, às vezes, gastar demais pode ter apenas dívidas como retorno.

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