Antes que algum torcedor supersticioso ligue a irregularidade do Coritiba ao polêmico terceiro uniforme do clube, todo preto, a diretoria avisa que camisa não ganha jogo. Peça de marketing da parceria do Alviverde com a Nike, sempre que for necessário o time atuará fora de casa com o novo modelo, que conquistou somente duas vitória (2 x 1 Corinthians Paranaense e 5 x 1 Iraty) e três empates quando esteve em campo (60% de aproveitamento).

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O desempenho da camisa preta está abaixo da vestimenta tradicional – branco com as duas listras verdes horizontais -, que tem oito vitórias e dois empates na temporada (86,7%). “Existe um contrato de marketing. Essa camisa foi muito bem aceita. Não sei como está o contrato para outros modelos, mas camisa não ganha jogo. O que ganha é raça, treinamento, disposição, vontade”, analisa Ernesto Pedroso Júnior, vice-presidente do Coxa.

Para ele, o fato de um uniforme ter mais conquistas do que outro é apenas acaso. “Tem as forças do futebol, os deuses do futebol e tem o encaixe, que está faltando para a gente nesse momento e que vai chegar”, projeta o dirigente.

A camisa preta tem sido usada basicamente em partidas fora de casa e torcedores adversários aproveitam para chamar jocosamente o Coritiba de Botafogo, pela semelhança com o terceiro uniforme do time carioca. Mas, curiosamente, na única vitória com ela o time não previa usá-la. “Levamos a branca e verde para Irati e lá ficamos sabendo que eles iriam jogar de branco para a gente torrar debaixo do sol”, revela Pedroso. O tiro saiu pela culatra, pois o Azulão deixou de lado o tradicional uniforme azul e foi goleado por 5 x 1.

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O mesmo já não aconteceu na final da Copa do Brasil do ano passado. Dessa feita, quem mudou foi o Coritiba. Previsto para atuar com a camisa “azul petróleo”, em alusão ao recorde de 24 vitórias, o clube optou pela jogadeira (usada na final do Brasileiro de 1985) para não deixar o Vasco atuar de branco. “O Vasco vinha de oito partidas sem perder de branco. No final, acabamos ganhando, mas não levamos o título. Sou supersticioso, mas já me convenci que camisa não ganha jogo”, avisa.

Confiante na recuperação da equipe com a estreia de Roberto e no retorno de peças importantes, como Jonas e Anderson Aquino, Pedroso aposta num melhor futebol baseado na personalidade do atual elenco. “Nós estamos muito confiantes em passar por essa turbulência. Isso aconteceu no ano passado, e em 2010. O time está invicto, a personalidade do grupo é muito forte. Lá em Irati fiquei emocionado com o discurso de Pereira, que foi muito forte, pedindo simplicidade e a vitória antes de tudo”, finaliza o dirigente.

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