O técnico Dado Cavalcanti quer ‘esquecer’ a vantagem e o favoritismo que o Coritiba leva para o jogo desta noite – às 18h30, no Couto Pereira -, frente ao Rio Branco. O Verdão pode perder por até um gol de diferença, que mesmo assim avança às semifinais do Paranaense. ‘Vamos entrar para vencer. O regulamento deve ficar guardado para qualquer eventualidade’, avisou o treinador, que decidiu mexer no time. Zé Love pode ser a novidade para o duelo com o Leão da Estradinha.
Após uma estreia empolgante – foi o ‘nome do jogo’ na vitória suada sobre o Operário -, Zé Eduardo sentiu os reflexos do longo período longe dos gramados. Sem jogar havia um ano e três meses, o atacante conviveu nas semanas seguintes com um desconforto muscular e somente nos últimos dias voltou a ser utilizado pela comissão técnica. Mesmo assim, em treinamentos de baixa intensidade. ‘Vou esperar até amanhã (hoje). Terei uma conversa com ele, sem intermediários, e aí defino se ele começa a partida ou não’, disse Dado Cavalcanti.
Caso a presença de Zé seja confirmada, quem sai do time é Júlio César. Uma troca que, na visão de Dado Cavalcanti, não acarretará em uma alteração tática profunda. ‘Como o Zé rende mais pela esquerda, apenas puxaria o Roni para a direita. Este seria o único ajuste’, confirmou o técnico coxa-branca. Dúvida à parte, Dado decidiu mexer em outro setor do time e Carlinhos perde a condição de titular. Um dos destaques do time na reta final do Brasileiro, o lateral-esquerdo não vive um bom momento no Estadual.
‘O Diogo entrou bem lá em Paranaguá. Tanto na marcação quanto no apoio. Futebol é momento e, por isso, estou dando a oportunidade ao Diogo’, justificou Dado. Com um jogador mais efetivo na proteção à zaga, espera anular um dos pontos fortes do time do litoral: as descidas em velocidade de Jonatha Fumaça. ‘Também temos que ter maior atenção na ligação direta deles. Tivemos problemas em Paranaguá com essas bolas longas. Conversamos muito e espero que os erros não se repitam’.
Ajustes feitos, Dado Cavalcanti espera ver em campo um time equilibrado e que dê sequência a um processo de evolução, de olho nas finais, na Copa do Brasil e até mesmo na largada do Brasileiro, que ocorre em menos de um mês. Na parte motivacional, usa a busca pela liderança geral do Paranaense como combustível para o confronto desta noite. ‘Mais do que a classificação, queremos a vitória. Isso já nos daria a vantagem do mando nas semifinais’, arrematou o técnico.
A tranquilidade alviverde contrasta com a pressão que o Rio Branco leva para esta decisão. A diretoria – e a Amaral Sports – tiveram que ‘se virar’ durante a semana para colocar salários em dia. Na condição de ‘zebra’, o técnico Netinho também mexe no time. Além da entrada de Grafite na lateral, ele foi obrigado a trocar a zaga, pois Cris e Anderson Rosa se lesionaram. Marcelo e Ricardo Ehle serão os seus substitutos. O Leão precisa de pelo menos dois gols de vantagem para forçar uma decisão por pênaltis.