A contratação de Celso Roth indicava uma drástica mudança de rumos no Coritiba. Exigente dentro e fora das quatro linhas, o treinador já avisou, de cara, que não quer saber de “prateleira cheia”. O resultado dessa filosofia de trabalho poderá resultar até na criação de um time “alternativo”, nos moldes do rival Atlético e daquilo que o Verdão fez nas primeiras rodadas do Campeonato Paranaense. Roth já avisou que o grupo principal terá no máximo trinta jogadores e que diante de um imprevisto recorreria às categorias de base.
Hoje, o site do Coritiba apresenta um elenco com quarenta jogadores. Entre eles, vários garotos utilizados no início da temporada, como os meias Denner e Dudu, além do zagueiro Walisson e o atacante Anderson Bartola, que recém retornaram de empréstimo ao Atlético de Sorocaba. No entanto, na lista não aparecem peças que foram utilizadas até no grupo principal, durante o Estadual, como o ala Rhuan, o volante Ícaro e até mesmo o atacante Anderson Aquino. Um sinal de que o grupo ainda está em mutação e que novos ajustes ocorrerão.
Celso Roth já avisou que o Coritiba precisa qualificar seu elenco para a disputa do Brasileirão. Seriam contratações pontuais, dentro da realidade econômica do clube e que acarretarão, obrigatoriamente, em cortes. O vice de futebol Paulo Thomaz de Aquino admitiu que a diretoria está analisando a questão, para adaptar o grupo às necessidades da nova comissão técnica. “Inicialmente, pensamos em abastecer outras divisões, como Séries B e C. É claro que enquanto as negociações não ocorrem, temos que dar suporte aos jogadores”, comentou.
Alguns jogadores emprestados no início da temporada já retornaram e outros devem voltar nos próximos meses. “Temos jogadores com bom mercado. Mas, não descartamos até a criação de um grupo alternativo, dependendo do volume de jogadores que venham a ficar em disponibilidade”, comentou Aquino. Muitos desses atletas já estouraram a idade de juniores e, assim, teriam que buscar espaço em outro clube ou ficar apenas treinando. Nesse caso, o dirigente coxa acredita que até amistosos seriam viáveis para movimentar todo mundo.
O clube também trabalha no sentido de equilibrar a formatação do grupo principal. Hoje, por exemplo, seis goleiros treinam diariamente com o preparador Carlos Pracidelli. No grupo e quarenta atletas há ainda alguns que se recuperam de lesões, como os alas Jackson e Abner. “A ideia é entregar ao Roth exatamente o que ele pediu. A partir da definição do grupo, diante de alguns excedentes em determinadas posições, iremos ver o melhor caminho a seguir, negociando ou criando uma estrutura alternativa”, arrematou Paulo Thomaz de Aquino.
