O torcedor do Coritiba, neste Brasileirão, tem dormido com a calculadora sob o travesseiro. A média histórica da Série A indica 45 pontos como o “número mágico” para a permanência na primeira divisão. Porém, há algumas variações.
Como a que ocorre na atual temporada, onde o primeiro time fora da zona do rebaixamento, se não mudar seu aproveitamento, chegaria no máximo aos 41 pontos. Há, no entanto, um grande risco nesta projeção. Os vários confrontos diretos entre as equipes ameaçadas poderão incidir diretamente nesta pontuação.
Nas oito edições da competição, disputadas com vinte equipes, a temporada que apresentou o número mais elevado para a fuga foi 2009. O Fluminense fez 46 pontos, um a mais que o Coritiba, que acabou rebaixado. No ano passado, o mesmo Fluminense seria “degolado” com 46 pontos, não fosse o “caso” Portuguesa. Por conta dos tribunais, o Flamengo se safou com 45 pontos, um ponto a mais do que a Lusa. O time que conseguiu se safar com a menor pontuação, até hoje, foi o Atlético Goianiense. Em 2010, o Dragão fez 42 pontos, livrando-se no número de vitórias (duas a mais do que o Vitória).
O Verdão, com 34 pontos, caso vença os três jogos que tem pela frente, em casa, chega aos 43 pontos e tem grandes chances de se manter na Série A. O Chance de Gol estima que o clube que chegar à essa marca tem 99,5% de possibilidades de escapar do descenso. Com 42, o risco de rebaixamento seria de apenas 5%.
Restando apenas seis rodadas, o equilíbrio na parte de baixo da tabela é muito grande. A disputa mais acirrada de todos os tempos, com sete clubes lutando pela sobrevivência. Isso, considerando-se que o Palmeiras, com 39 pontos, já abriu uma boa margem de segurança.
O clube em pior situação é o Criciúma. Nem tanto pela lanterna (com 30 pontos), mas por sua sequência de jogos. O time catarinense terá apenas um confronto direto – frente ao Bahia – e nas outras rodadas terá pela frente pelo menos três clubes brigando pela Libertadores. Já neste final de semana o Tigre encara o líder Cruzeiro, que tenta confirmar o bicampeonato, em Belo Horizonte. Figueirense (36 pontos), Chapecoense (36) e Vitória (34), têm três confrontos diretos cada um, nos chamados “jogos de seis pontos”.
O Coritiba, que apesar do recente deslize frente ao Grêmio (1×1), segue apostando no “efeito Couto” para atingir seu objetivo. Desde a chegada de Marquinhos Santos, o clube disputou oito jogos no Alto da Glória, com cinco vitórias, dois empates e uma derrota. Como os tropeços ocorreram frente a times da ponta de cima da tabela, o sinal de alerta está ligado. No sábado o Cori recebe o Fluminense, 4º colocado. Os outros jogos em casa serão frente a Palmeiras e Bahia. O gargalo vai se fechando e o último mês do Brasileirão será assim, com muita tensão no ar e calculadora na mão.