Não é apenas um jogo

Coxa pode definir seu futuro no Brasileiro com jogo desta noite

Salvador – “É um jogo de trezentos pontos”. A frase do volante Hélder dá a verdadeira dimensão do jogo desta noite, às 20h, (21h no horário de verão), no Barradão, em Salvador. Coritiba e Vitória se enfrentam em igualdade de condições e com um único objetivo: vencer e se afastar da maldita ZR. Os dois clubes têm campanhas similares, com uma leve vantagem para o rubro-negro baiano, nos critérios de desempate. Um clima de decisão, com expectativa de casa cheia e de muita tensão no ar. Quem perder poderá ficar em situação delicada na tabela de classificação, a apenas três jogos do fim da temporada.

O Coritiba chega para essa rodada com um peso enorme nos ombros. O desempenho pífio da equipe como visitante, já virou síndrome e, independente das opções táticas de Marquinhos Santos, o resultado tem sido quase sempre o mesmo: derrota. Neste Brasileiro, essa história já se repetiu onze vezes, em dezessete jogos realizados (nove deles, sob a direção de Celso Roth). Com pouco mais de 15% de aproveitamento fora de casa, o Verdão segue como o time que mais tempo permaneceu na zona da degola. Apesar da pressão provocada por esse cenário, Marquinhos Santos se mantém fiel às suas convicções e entende que o importante é estar em uma posição segura no dia 7 de dezembro, data da última rodada.

Apesar do revés diante do Flamengo, o Coritiba conseguiu completar duas rodadas seguidas fora da ZR. Isso não ocorria desde o início da Série A, quando o clube ficou fora das últimas quatro posições ao longo das três primeiras rodadas. Depois disso, as fugas foram sempre pontuais (22ª e 30ª rodadas). Para os matemáticos, é possível se safar da queda com 43 pontos. Só que o Coxa tem, contra si, um outro fator de preocupação: com somente nove vitórias, poderia ficar inferiorizado nos critérios de desempate, numa eventual igualdade com seus mais diretos concorrentes. E, para superar a marca dos 43 pontos, o Verdão precisa, obrigatoriamente, pontuar fora de casa, hoje, contra o Vitória, ou na penúltima rodada, diante do Atlético Mineiro.

Isso, é claro, partindo da ideia de que o Coritiba irá confirmar sua força no Couto, contra Palmeiras e Bahia. Uma matemática perigosa e preocupante. Só não é mais dramática porque os clubes que estão mais abaixo na classificação – Criciúma, Bahia, Botafogo e Chapecoense – têm uma trajetória talvez ainda mais complicada. Hoje, porém, é tentar deixar todas essas questões de lado e manter o foco nos 90 minutos e no adversário. Uma vitória, mesmo não melhorando significativamente o desempenho do clube como visitante, seria vital na luta pela sobrevivência na Série A. Uma decisão onde, acima de tudo, o time terá que superar a sua ‘bipolaridade’ e os constantes desequilíbrios vistos em praticamente todos os jogos que disputou longe de sua torcida.

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