“Vergonha”. Foi o que a torcida mais gritou ontem no Couto Pereira. E não era para menos. Mais de 11 mil coxas pagaram ingresso e outros entraram de graça e queriam ver a recuperação do time no Brasileirão. Em campo, no entanto, o que se viu foi a repetição de um time desorganizado e que esmoreceu facilmente ao Cruzeiro em apenas 55 minutos de partida. Nesse momento, Welington Paulista tinha marcado dois e Thiago Ribeiro feito outro para tristeza geral. Tristeza que virou fúria com conflitos com a Polícia Militar e muita bronca contra o técnico René Simões, a diretoria e a maior parte dos jogadores.

continua após a publicidade

O golaço de Marcelinho Paraíba poderia até servir como uma reação e a torcida cantou “sou coxa-branca, com muito orgulho, com muito amor” prevendo algo melhor, mas esse melhor não veio e o goleiro Edson Bastos ainda teve que intervir para evitar um vexame maior. “Eu acho que não é o momento de ficarmos procurando explicações, até porque está todo mundo de cabeça quente e até na rodada passada eu acabei falando algumas coisas e acabou repercutindo mal, não só perante o grupo como entre os torcedores, na atitude”, analisou o arqueiro alviverde.

Ele foi um dos poucos aplaudidos e teve o nome gritado na saída do gramado, junto com Leandro Donizete. “A torcida está certa, jogando em casa a gente tomou uma goleada, a torcida está certa e esperamos dar a volta por cima”, avaliou o vaiado Márcio Gabriel. O zagueiro Jeci também sofreu a ira da galera. “Esse grupo tem brio e não estou envergonhado de ter perdido, lutamos até o final. Futebol tem disso e o mais importante é o cara ter a consciência tranquila, de ter dado tudo dentro de campo. Uma hora a bola vai voltar a entrar e nós vamos comemorar com a nossa torcida”, avaliou o defensor.

Abatimento

continua após a publicidade

E o que aconteceu? “Essa é uma tônica da nossa equipe. Ela inicia bem a partida e, quando sofre o gol, acaba se abatendo um pouquinho. Mas nós temos que levantar esse astral, reanimar novamente, porque só assim vamos sair dessa situação”, apontou Edson Bastos. Hoje, quem jogou faz um trabalho regenerativo e, amanhã, faz o trabalho apronto para o confronto de quinta-feira, quando estreia contra o Vitória em Salvador, pela Sul-Americana.