A Corte Arbitral do Esporte (CAS) da Fifa condenou o Marítimo de Portugal a indenizar o Coritiba em cerca de R$ 300 mil pela formação do atacante Ânderson Gomes.
O jogador, atualmente no Santo André, deixou o Alto da Glória após o fim do contrato, mas o Alviverde, mesmo assim, entendeu que tinha direito a receber uma porcentagem da transferência do atleta, via cláusula de solidariedade estipulada pela entidade que rege o futebol mundial, e ganhou a causa.
A vitória é motivo de comemoração no Alto da Glória, por que deve favorecer não só o Coxa como outros clubes brasileiros. “O Coritiba obteve uma vitória histórica neste recurso julgado pelo CAS.
Sem dúvida alguma, caso fôssemos derrotados, o futebol brasileiro sofreria um revés sem precedentes que implicaria numa perda considerável de receitas de transferências de atletas para a Europa”, analisa Gustavo Nadalin, diretor jurídico do Coritiba.
O clube português, respaldado pela federação local, usava o tratado de amizade (que fale entre igualdade de direitos entre brasileiros e portugueses) entre os países para não pagar nada, mas a Fifa não entendeu assim e deu ganho ao Alviverde.
O advogado Eduardo Carlezzo, que representa a maior parte dos clubes brasileiros em questões dessa natureza, avaliza a opinião de Nadalin. “Caso a decisão do CAS fosse contrária aos interesses do Coritiba, poderia ter sido criado um grave precedente que geraria um enorme prejuízo aos clubes brasileiros”, apontou.
Este não é o único caso em que o Coxa corre atrás de valores não pagos. Toda vez que um ex-atleta do Coritiba muda de país, o departamento jurídico do clube entra em alerta para buscar o que é devido nas transferências.