A classificação à fase internacional da Copa Sul-Americana é encarada como um divisor de águas pelos lados do Coritiba. Se antes do confronto contra o Vitória, o Alviverde havia vencido apenas um dos últimos sete jogos, e com o planejamento da temporada em risco, o panorama encarado pelo clube, findado o mês de agosto, pode ser diferente. Evitando que a segunda das três portas de acesso a Libertadores do ano que vem se fechasse e garantido nas oitavas do mata-mata continental, o time enfim volta a contar com o poder de definição do meia Alex, já a partir de domingo contra o Internacional, para retomar o bom futebol.
O mês de agosto foi obscuro para o Coritiba. Ao longo do período o Alviverde contabilizou, entre Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana, cinco derrotas, duas vitórias e um empate. A acentuada queda de produção se deu muito em função da quantidade acima da média de atletas entregues ao departamento médico, em grande maioria de titulares. Apesar de não poder passar uma borracha no pior momento técnico vivido até então, o clube busca colocar nos trilhos o planejamento para a temporada, que esteve por um fio de ser comprometido.
A conquista do Campeonato Paranaense – sem adversários à altura já que o Atlético, principal rival, mandou a campo seu time sub-23, e os demais concorrentes como Paraná Clube e Londrina não encaixaram na competição -, apesar de ser impactante, na medida em que consolida a hegemonia alviverde no Estado, não representa a principal meta do time, que abertamente passa por vaga a Copa Libertadores 2014. Como foi eliminado precocemente da Copa do Brasil pelo inexpressivo Nacional-AM, deixar a Sul-Americana na noite de terça-feira restringiria as chances de o objetivo ser alcançado exclusivamente ao Brasileiro.
A abrupta queda de desempenho no Brasileiro deixou a equipe a sete pontos do líder Cruzeiro (31 a 24) e a três do Atlético, que fecha o grupo dos quatro primeiros colocados. Contando com Alex e ainda de Lincoln e Willian, que igualmente estão à disposição, a aposta passa pela retomada do bom futebol, buscando regressar ao G4. Entretanto, o técnico Marquinhos Santos antecipa que a evolução esperada não vai ser imediata. “Não vai ser com o retorno deles que vamos ter uma evolução. Ainda vamos ter um período crítico, 15 ou 20 dias dentro desse processo. Mas vejo que com o retorno dos jogadores que se apresentam no DM o grupo fica cada vez mais forte e passando por essa turbulência voltaremos a crescer na hora certa”, afirma.
Agora tendo de se revezar entre as duas competições, Marquinhos Santos garante que não priorizará o Brasileiro, tampouco a Sul-Americana. “Vamos fortes para ambas as competições para que se possa brigar em igualdade por uma grande conquista”, finaliza.