A semana de trabalhos do Coritiba, visando o confronto de volta pela Copa do Brasil, começa hoje. Três dias separam a missão que o Alviverde terá na próxima quinta-feira, às 19h30, no Couto Pereira: vencer o Nacional-AM por 3×0 – ou uma diferença de quatro gols, caso sofra um -para avançar à 3.ª fase. Mas, se depender do retrospecto da equipe na competição nacional, o panorama é favorável. Das últimas 12 partidas atuando em seus domínios foram 11 vitórias e um empate. Ciente dos números, o técnico Marquinhos Santos quer o apoio do torcedor durante os 90 minutos. “No Couto Pereira é muito difícil o Coritiba perder pontos. É difícil? É claro que é, mas pode ter certeza que se a torcida jogar junto, incentivando e apoiando, sem dúvida nenhuma que temos condições de reverter essa situação”, disse.
O Coritiba não sabe o que é perder no Couto Pereira, atuando pela Copa do Brasil, desde março de 2010. Na última vez em que deixou o gramado derrotado o placar apontou 1×0 para o Avaí. O resultado selou a fraca participação do Alviverde na campanha 2010, com uma precoce eliminação na 2.ª fase do torneio. Entretanto, de lá pra cá a história é bem diferente. Entre as edições de 2011 e 2012, onde o Coxa chegou, em ambas, até a final, foram 12 jogos no Alto da Glória. Destes, o time somou 11 vitórias e apenas um empate – justamente na decisão do ano passado, 1×1 contra o Palmeiras -, com um aproveitamento de 94,44%.
Mas o retrospecto, por si só, não ganha jogo. Os jogadores sabem que para avançar à próxima fase terão que mostrar muito mais bola do que foi apresentado em Manaus. Depois de uma folga coletiva de três dias o elenco se reapresenta hoje pela manhã, no CT da Graciosa. A pausa já estava prevista dentro do planejamento do clube, mas que veio bem a calhar, após a desastrosa atuação em Manaus, quarta-feira passada. No saldo do embate entre o tetracampeão paranaense contra o Nacional-AM, time que disputa s Série D do Brasileiro, 4×1 para os donos da casa. A goleada foi reflexo da instabilidade do time, e apontou falhas coletivas. Na oportunidade, o Coritiba não teve poder de reação diante da velocidade imposta pelo time amazonense, e se viu abafado do primeiro ao último minuto do jogo. Com um festival de passes errados, ao menos dois dos quatro gols sofridos tiveram início em contra-ataques. Não bastando, as raras oportunidades criadas pelo Alviverde foram desperdiçadas pelos homens de área – em especial o atacante Deivid, que somente no primeiro tempo perdeu três chances claras.
Time
Atento às falhas no jogo de ida, o técnico Marquinhos Santos já começou a esboçar o time. Mas, independentemente de quem entre em campo, o fator fundamental elencado pelo treinador é jogar com inteligência. “Sabemos que sair com um placar adverso de 4 x 1 significa iniciar uma partida com um 3 x 0 contra. Tem que ter inteligência, um volume e pressão sobre o adversário para que possa estrategicamente buscar o placar. Não adianta pensar no terceiro gol antes de fazer o primeiro. Sabemos que a equipe do Nacional-AM no Couto Pereira vai se defender e contra-atacar, então temos que analisar esses pontos, procurar anular e buscar consolidar o resultado”, finaliza.