Sem acordo na audiência de conciliação, Coritiba e Ariel voltam hoje à Justiça do Trabalho para a audiência de instruções e cada parte terá que apresentar boas justificativas nas teses que defendem. O Alviverde quer que o jogador cumpra o contrato de cinco anos, assinado preliminarmente, enquanto a defesa do jogador argumenta que só vale o documento assinado por dois anos posteriormente para cumprir a legislação brasileira de imigração. Como o impasse surgiu, o Coxa chegou a oferecer salário maior e parte dos direitos econômicos para o atacante permanecer, mas a proposta, inicialmente, não foi aceita.
Pela oferta do clube, bem melhor do que previa o contrato original, Ariel receberia R$ 50 mil por mês no primeiro ano desse novo acerto, R$ 60 mil no segundo e R$ 70 mil no terceiro. O clube ainda pagaria R$ 300 mil parcelado em três vezes a título de luvas e cederia 30% dos direitos econômicos ao atleta numa futura venda. Os advogados de Ariel propuseram o pagamento de luvas de R$ 3 milhões e salários de R$ 100 mil no primeiro ano e R$ 200 mil no segundo, sem um terceiro ano, o que totalizaria R$ 6,6 milhões por duas temporadas. Com a distância entre as propostas, e sem a presença do procurador do atacante, Nazareno Marcollese, o impasse prossegue.
Na semana passada, na tentativa de desatar o nó, o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade esteve em Buenos Aires conversando com o representante de Ariel, mas as tratativas não caminharam na direção de um acerto. Com isso, a Justiça passa a avaliar as justificativas de cada parte para definir uma sentença passível de recurso de lado a lado.
É possível até que o juiz da 11.ª Vara conceda uma liminar ao clube para que o jogador cumpra o contrato, mas que poderá ser derrubada. Por enquanto, o jogador garante que não assinou com nenhum clube e que quer permanecer, mas o atual vínculo registrado na CBF vai somente até o dia 30. Assim, a participação do argentino no primeiro duelo do Coritiba na retomada da Série B – dia 13, contra o Bragantino -, já está comprometido.
