Empossado presidente do Coritiba ontem à noite, Vilson Ribeiro de Andrade vai buscar no próximo triênio à frente do Alviverde dar continuidade ao trabalho realizado na gestão anterior, e que em parte foi gerenciada por ele. Mas as dificuldades ainda persistem. Entre elas, o endividamento do clube. Ao todo, o Coxa deve cerca de R$ 80 milhões – R$ 50 milhões somente de impostos e o restante em ações trabalhistas. A meta é zerar esse déficit o mais rápido possível. “Nosso primeiro objetivo é conseguir, dentro desse planejamento continuado, poder ter um equilíbrio financeiro entre receita e despesa. Hoje, 30% da nossa arrecadação é destinada para pagar as dívidas do clube. Além disso, 3% da nossa receita bruta é destinada diretamente para a Receita Federal”, revelou Andrade.
Ainda segundo o presidente coxa-branca, essas dívidas são fruto das outras administrações que o clube teve ao longo dos anos. “Tivemos períodos difíceis. Em 2009, fomos rebaixados e, além de termos somente 50% da verba de televisão, perdemos dez mandos de jogos e tivemos que adotar Joinville como nossa casa para disputar a Série B. Mesmo assim, fizemos uma grande campanha e voltamos para a Primeira Divisão”, lembrou.
Para Vilson Ribeiro de Andrade, o grande trunfo do Alviverde neste processo de combate ao endividamento são os associados. Hoje, segundo ele, o Coritiba tem quase 30 mil sócios. “Aos poucos estamos conseguindo superar essas dívidas e já conseguimos quitar aproximadamente 40% das ações trabalhistas. Com o restante dos casos, estamos tentando resolver. Todas as situações estão em processos de acordo”, afirmou. “O nosso associado nos ajudou muito diante desses obstáculos. Chegamos ao final deste ano com 30 mil sócios e hoje temos aproximadamente 27 mil. Eles fazem parte de uma receita importante para o clube ter condições de quitar suas dívidas, trazer grandes jogadores e fazer sempre boas campanhas”, ponderou Andrade.
O presidente coxa-branca afirmou que para conseguir colocar em prática o plano de déficit zero a curto prazo, com a ajuda dos associados, é preciso sempre montar elencos competitivos e capazes de disputar títulos. “Temos que mostrar também dentro do campo a nossa força. Precisamos dos nossos sócios e o investimento requer confiança. Isso só vem através de conquistas, pois quem não ganha títulos não tem torcida”, disparou Andrade.
O dirigente coxa-branca espera conseguir atingir este objetivo e também, a partir de agora, como novo presidente do Alviverde, deixar seu nome marcado na história do Coritiba. “Eu só quero deixar lembranças alegres. Em janeiro de 2010, ainda como vice-presidente, prometi sacrifício, suor, lágrima e muito trabalho. Vou continuar com isso e espero que todos lembrem essa diretoria como aquela que mudou a história do Coritiba”, finalizou Andrade.