Invicto sob o comando de Celso Roth, o Coritiba entra em campo apostando no bom momento e na sequência de atuações convincentes para surpreender o São Paulo. O jogo será hoje, às 18h30, no Pacaembu. São quatro jogos sem sofrer gols, num sinal claro de que um dos grandes problemas do time na temporada – a fragilidade defensiva – foi rapidamente corrigido pelo treinador. O desempenho no primeiro tempo do duelo com a Caldense aponta para uma evolução natural no que diz respeito ao ataque, sempre muito contestado.

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Assim que chegou, Roth indicou que trabalharia com duas prioridades: reduzir o elenco (hoje já trabalha com um grupo de trinta atletas) e equilibrar os setores, sempre começando pela organização defensiva. “Com um bom posicionamento e treinamentos, você consegue ajustar a marcação. E isso é uma prioridade, pois a questão ofensiva é inata, vai muito da individualidade dos jogadores”, comentou o treinador logo na sua chegada. Pois foi dessa forma que ele procedeu e conquistou, em um curtíssimo espaço de tempo, a confiança de todo o grupo.

O ajuste defensivo do Verdão passa diretamente pelo “casamento” de duas peças. Com a chegada de Baraka e a efetivação de Chico como volante, o Coritiba conseguiu recuperar um setor muito contestado durante a disputa do Paranaense. Com as saídas de Júnior Urso e Willian, o time se tornou vulnerável e pouco confiável. Um quadro que resultou na eliminação do frágil Estadual logo nas semifinais. “O Celso, além da experiência que dispensa comentários, tem um olho clínico para essas situações. Vamos esperar que a gente continue assim, melhorando ainda mais esse entrosamento”,
disse Baraka.

Com dois volantes efetivos à frente da zaga, o Coritiba praticamente não levou sustos nas últimas partidas e Vanderlei passou a ser menos exigido do que anteriormente (em que pese tenha defendido até pênalti em Poços de Caldas). “O objetivo é manter essa mesma intensidade, na marcação ou na aproximação do ataque”, frisou Baraka. “Méritos para a comissão técnica, que tem dado todo o suporte para a gente estar sempre muito bem preparado para os jogos”, comentou, numa referência ao trabalho do preparador físico Paulo Paixão.

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Roth, que sempre destaca a importância da sequência para o sucesso de um time, repete hoje a mesma formação que eliminou a Caldense. “Quando você consegue manter o time é sinal de que as coisas estão caminhando positivamente. Além disso, vem a confiança e diminui a pressão sobre os jogadores”, disse Roth, que hoje busca a primeira vitória fora de casa neste Brasileirão para seguir num pelotão intermediário na competição. Com apenas dois pontos, hoje o Verdão ocupa um modesto 13º lugar.

Projeção

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A comissão técnica evita falar em projeções, mas Celso Roth nunca escondeu que chegar em uma posição confortável na 9ª rodada – quando a Série A terá 45 dias de recesso por conta da Copa do Mundo – é uma necessidade. “Você precisa estar bem para conseguir tirar frutos dessa intertemporada, sem pressão”, frisa constantemente o treinador coxa-branca. Antes do jogo frente ao Santos, o volante Chico comentou sobre a busca de cinco ou seis vitórias nesse período.

A partir dessa matemática, o Verdão precisa iniciar hoje esta arrancada na competição. Nas primeiras rodadas, não foi além de empates sem gols com Chapecoense e Santos.