Ídolo do passado e peça importante no departamento de futebol do Coritiba, o ex-jogador Pachequinho foi o escolhido pela diretoria para comandar o Verdão no duelo deste sábado, às 19h30, contra o Corinthians, em São Paulo. Mais na base da conversa e da motivação, o treinador interino alviverde garantiu que o grupo absorveu e frisou que o time, mesmo enfrentando o líder do Brasileirão e que pode conquistar o título nessa partida, tem condições de fazer um bom jogo.
“São dois dias de treinamento. Conversei com eles e o grupo absorveu bem. Pedi o apoio de todos neste momento e todos os atletas estão envolvidos. Sabemos que o adversário é difícil, que joga em casa e que vive um bom momento. Eles sabem da minha forma de trabalhar, a forma que eu cobro. Converso com eles de forma franca e a relação e a aceitação com o grupo não vejo nenhum problema”, explicou Pachequinho.
Arrancada
Ainda quando defendia as cores do Coritiba, Pachequinho lembrou de um fato que se enquadra perfeitamente ao atual momento do clube. Em 1996, quando o Verdão também lutava contra o rebaixamento, partiu para dois jogos seguidos fora de casa contra Vasco e Grêmio. O tricolor gaúcho, campeão daquele ano, era praticamente imbatível e o time alviverde conseguiu uma vitória no estádio Olímpico por 2×0 e, nas rodadas finais, escapou da queda.
É com este pensamento que Pachequinho pretende armar o Coritiba e motivar o time alviverde para o duelo contra o Corinthians. “Conseguimos uma vitória contra o Vasco, no Rio de Janeiro e fomos jogar contra o Grêmio, no Olímpico. O ambiente era o mesmo. O Grêmio tinha uma máquina, comandado pelo Felipão e nós estávamos brigando para não cair. A conversa foi essa: se não acreditarmos em nós mesmos, quem vai acreditar?”, lembrou.
“A gente foi a campo e cada um se doou, se entregou e, por mais que o adversário esteja em um momento melhor taticamente e tecnicamente, a gente tem que dar a vida em campo. Ganhamos por 2×0, fiz um dos gols e nos livramos do rebaixamentos. Muitos acharam que foi um feito inacreditável. Mas no futebol já aconteceu muita coisa. Temos que respeitar o adversário, mas ter medo jamais”, cravou o comandante interino do Verdão.
Observações
Até então na função de observador técnico, Pachequinho era o responsável por passar os vídeos dos adversários para os jogadores alviverdes. O ex-jogador garantiu que tem um bom relacionamento e um bom contato com o grupo e acredita que pode ajudar o Coritiba contra o Corinthians. “A observação técnica dos adversários acontece para ajudar os jogadores a fazer um bom jogo e desempenhar o melhor em campo. A gente já conversava diariamente com todos”, frisou Pachequinho, que encerrará seu ciclo após o duelo contra o Timão. “A princípio a diretoria me passou que seria só para esse jogo. E nosso pensamento agora é no Corinthians e vamos trabalhar nesse jogo. A diretoria está em contatos para definir o treinador e enquanto isso comando interinamente”, arrematou.
Poucas mudanças no time de Ney
No seu primeiro treinamento como técnico interino do Coritiba, Pachequinho não modificou muito a estrutura da equipe que já estava sendo armada pelo técnico Ney Franco nos dois primeiros trabalhos da semana visando o duelo de sábado, contra o Corinthians, em São Paulo. Para o duelo contra o Timão, o treinador não poderá contar com o zagueiro Walisson Maia, que está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e deverá dar lugar para o experiente Rafael Marques.
No meio, Pachequinho trabalhou com Alan Santos na equipe para formar o setor de contenção alvi,verde ao lado de João Paulo. O setor de criação também pode ter novidades. Juan segue se recuperando de uma entorse no tornozelo e, assim, Ruy deve retomar o lugar na equipe depois de cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Além da volta de Ruy, quem pode ganhar uma chance é o meia Thiago Lopes no lugar de Esquerdinha. No ataque, depois de cumprir suspensão, Henrique Almeida está à disposição e deverá formar a dupla de ataque ao lado de Kléber.
Fora
Enquanto a imprensa aguardava do lado de fora do CT da Graciosa ontem, o atacante Keirrison, visivelmente irritado, deixou o local de treinamento do clube enquanto o restante do time iniciava o trabalho tático. O K9 não vestirá mais a camisa alviverde e a situação agora será resolvida pelo departamento jurídico do clube.
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