Coxa admite solução de casa pra vaga de técnico

Segue indefinido o nome do sucessor de Marquinhos Santos no comando técnico do Coritiba. Bastante prestigiado pelos lados do Alto da Glória, um entrave impede que a negociação com Caio Júnior seja concretizada. A pedida financeira do treinador para assumir o Alviverde foi considerada alta – mas muito em função do staff do treinador, que quer agregar quatro auxiliares de confiança na comissão técnica. Hoje acontece uma nova rodada de conversas, mas o clube já estuda um plano b.

A proposta financeira apresentada por Caio Júnior para assumir o Coritiba se assemelha às bases do recente contrato de trabalho que o treinador tinha com o Vitória – algo em torno de R$ 200 mil por mês. Os valores, inclusive, são bem abaixo aos maiores contratos da carreira do técnico, atualmente com 48 anos. Principalmente se comparados aos do Grêmio, time que Caio Júnior comandou em 2012 e às cifras do mundo árabe, onde esteve de 2009 a 2011. Mesmo assim, com o mercado de técnicos brasileiros inflacionado, a pedida foi considerada salgada.

Qualquer clube que queira contar com o trabalho de Caio Júnior terá que, impreterivelmente, aumentar sua comissão técnica. É que em todas as equipes que assume o treinador leva consigo um grupo de confiança, do qual não abre mão. Ao todo são quatro profissionais, e que o acompanham há pelo menos cinco anos: Solivan Dallavale, responsável pela preparação física; o auxiliar técnico Almir Domingues; Eduardo de Castro, auxiliar de campo, e o observador Luis Felipe.

Em caso de acerto com Caio Júnior, os quatro agregados do treinador seriam incorporados aos 27 profissionais que respondem atualmente pela comissão técnica do clube. No caso dos auxiliares técnicos, além do agora treinador interino Marcelo Serrano, também compõem o quadro Tcheco e Édison Borges. Além de incrementar a pedida do treinador, a diretoria alviverde não vê com bons olhos a obrigação de contar com mais auxiliares. Apesar disso, pelo perfil e a perspectiva de um trabalho a longo prazo, Caio Júnior segue sendo a opção prioritária da diretoria.

Alternativas

O presidente Vilson Ribeiro de Andrade esteve ontem em Porto Alegre para conversar com Celso Roth. Dono de um perfil mais enérgico, a ideia da diretoria seria firmar um contrato de tiro curto com o treinador gaúcho, que traria para o Alto da Glória apenas um auxiliar. No entanto, não houve acordo – tanto no prazo de contrato quanto nos salários. Diante da dificuldade em encontrar um treinador com o mesmo perfil de Marquinhos Santos, e bases salariais compatíveis, a ideia de efetivar Marcelo Serrano e o auxiliar Tcheco até o fim do ano não está descartada.

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