O presidente do Coritiba, Jair Cirino dos Santos, falou pela primeira vez após os acontecimentos de domingo, em que após o rebaixamento do Coxa para Série B, torcedores invadiram o campo e promoveram um quebra-quebra generalizado. “O Coritiba é um dos maiores clubes de futebol do Brasil. Com o apoio dos seus verdadeiros e leais torcedores o Coritiba vencerá este momento de crise passageira reconquistando seu lugar no futebol brasileiro”, disse.
O mandatário alviverde reiterou na entrevista coletiva que é o candidato da situação para as eleições presidenciais, que acontecerão na semana que vem. “Fizemos uma reunião e reiterei minha disposição de ajudar o clube, sempre incentivado pelos companheiros. Serei o candidato da situação para o próximo biênio”, salientou. “O Coritiba sai muito prejudicado. A perda do mando de campo, de sócios, de conseguir novos sócios. Temos que nos ajustar e reduzir gastos. Esta será nossa estratégia”, complementou.
O presidente rompeu relações com a torcida organizada Império Alviverde devido aos acontecimentos de domingo. O presidente colocou a culpa na Organizada. Cirino adiantou que o técnico Ney Franco e o coordenador de futebol, Felipe Ximenes serão mantidos. O dirigente não garantiu a presença do diretor de futebol João Carlos Vialle para próxima temporada.
Nota oficial do Coritiba sobre os acontecimentos
O Coritiba, por seus conselhos Administrativo e Deliberativo, se manifesta sobre os acontecimentos do final do jogo contra o Fluminense, no Estádio Couto Pereira.
Repudiamos as invasões, depredações e atos de vandalismo provocados por desordeiros disfarçados de torcedores. Tais atos não espelham a conduta da grande maioria da torcida alviverde.
O Coritiba foi a maior vítima desse vandalismo. As suas dependências administrativas foram depredadas, o seu estádio foi parcialmente destruído e sua imagem arranhada em todo o mundo. Esses atos de violência serão sentidos por todos durante muito tempo, pelas punições que serão aplicadas, pelos prejuízos financeiros causados e pelo profundo desgaste institucional.
A partir de ameaças de depredação do patrimônio e de violência pessoal contra diretores, jogadores e funcionários do clube, manifestadas por alguns líderes da torcida organizada Império Alviverde, e com base nas imagens gravadas daqueles fatos lamentáveis, já é possível identificar integrantes e certos dirigentes daquela torcida, como autores e principais responsáveis pela agressão e destruição generalizada.