Diante de um calendário cada vez mais curto – restam apenas dez rodadas -, o Coritiba tem um horizonte pouco animador pela frente. Relegado à lanterna da competição, o clube precisa se ‘reinventar’ para não ver o rebaixamento se tornar uma triste realidade. Após o deslize em Goiânia, o Verdão não apenas voltou à última colocação, como viu seu risco de degola subir para 69%, segundo o Infobola. É o time mais ameaçado, após completar 24 rodadas na ZR. No próximo final de semana, somente uma combinação improvável livra o time da zona da degola.
Além de derrotar o Figueirense, em Florianópolis, o Coritiba dependeria de tropeços de Vitória, Botafogo, Criciúma e Bahia. Até aqui, o torcedor coxa-branca já viu que ‘secar’ os concorrentes não tem dado muito certo. Mesmo após derrotar Atlético e Criciúma, o máximo que o clube conseguiu foi saltar do 20º para o 17º lugar. Um esforço em vão, já que na rodada seguinte, voltou a ocupar a lanterna. “Está tudo muito embolado e acredito que isso continuará assim até a última rodada”, comenta Marquinhos Santos, apegando-se a todos os detalhes que possam manter o grupo focado e motivado até o dia 7 de dezembro, data da última rodada.
O cenário ruim, hoje, poderia se tornar terrível no caso de um revés em Florianópolis. A comissão técnica tem procurado dar um perfil decisivo a todos os jogos, mas esta partida em Santa Catarina é chave para o futuro do clube nesta Série A. No caso de derrota, poderia ver a distância para os concorrentes aumentar significativamente. “Temos que nos manter nesse bolo. Não podemos permitir que essa diferença aumente, senão fica realmente complicado”, admitiu Marquinhos Santos, logo após a partida no Serra Dourada. Pelas projeções de hoje, 44 pontos podem ser suficientes para que o clube se mantenha na primeira divisão.
O atual aproveitamento do Vitória, primeiro time fora da ZR, é de apenas 36,9%, muito inferior ao dos últimos anos. Caso não ocorra nenhuma variação significativa nas próximas rodadas, com esse desempenho o clube baiano chegaria apenas a 42 pontos. A comissão técnica coxa, porém, evita falar em números e em metas, procurando avaliar a competição rodada a rodada. Para chegar a esses 44 pontos, por exemplo, o Coritiba teria que vencer mais cinco jogos. Um aproveitamento de 50%, que contrasta, em muito, com o atual ritmo do time, que é de 34,5%.
A rigor, o Coxa precisa, no mínimo, de cinco vitórias. Até dezembro, o clube ainda faz cinco jogos no Couto (Botafogo, Grêmio, Fluminense, Palmeiras e Bahia) e outros cinco fora (Figueirense, Corinthians, Flamengo, Vitória e Atlético-MG). O difícil mesmo é imaginar que este grupo – tão instável até aqui – consiga atingir essa marca de vitórias. Nos 28 jogos realizados até aqui, o Coritiba só computou 7 vitórias, sendo apenas uma delas fora de casa. No domingo, na Ilha da Magia, o time de Marquinhos Santos precisa encontrar uma fórmula para sair da mesmice, sob o risco das previsões pouco animadoras se tornarem cada vez mais concretas.
