Invencível, o Coritiba faturou mais um adversário, segue mais líder do que nunca no Campeonato Paranaense e caminha firme para fazer a “final” do 1.º turno contra o Atlético, na próxima semana.
Ontem à tarde, no Janguitão, foi a vez do Corinthians provar o poderio do Alviverde e sucumbir, mesmo saindo na frente. Com um futebol aplicado, o Coxa construiu a virada, poderia ter vencido por um placar mais elástico, mas acabou administrando o resultado no segundo tempo.
No domingo, o desafiante será o Roma Apucarana, no Couto Pereira. “A vitória foi importante, por que nos mantém na liderança. Todo jogo a gente tem que entrar determinado, pois são difíceis. A equipe do Corinthians foi difícil de bater, mas fizemos uma boa partida”, disse o atacante Marcos Aurélio.
Aniversariante do dia, Marcos Aurélio fez uma análise perfeita. Mal começou o confronto, o Timãozinho mostrou que está bem montado pelo técnico Amaury Knevitz.
O time mandante abriu o placar na jogada que seria a mais usada durante os 90 minutos: a bola alçada na área. Numa bela cobrança de falta do esperto Andrezinho, Paulo subiu mais alto e usou a cabeça para fazer 1 x 0, aos 3 minutos.
A resposta, no entanto, não demorou. Aos 12 minutos, Léo Gago encontrou Davi, que entrou livre na área e deu um biquinho no canto, sem chances para Valter. A partir daí, o jogo ficou truncado. Davi se sentiu mal e Geraldo entrou para incomodar a defesa do time da casa.
O angolano fazia gato e sapato de quem o marcasse e, numa dessas, achou Bill livre na área. Ele subiu sozinho e também usou a cabeça para construir a virada aos 34 minutos.
Surpreendido, Knevitz mexeu na formação e colocou o Timãozinho para atacar, aproveitando-se também das dimensões do campo. “O campo é curto e toda bola jogada na área cria um tumulto. Mas conseguimos suportar e saímos com os três pontos, que é fundamental para os nossos objetivos”, comemorou o zagueiro Pereira.
Informações extra-oficiais garantiam que o comprimento era de 101 metros contra os 109 que o Alviverde está acostumado. Na largura, seriam 73,3 metros, mas marcas na grama mostrava que havia sido reduzido um pouco.
Se essas condições ajudaram o Corinthians, elas resultaram em bola pro mato ou em defesas de Edson Bastos. “Nosso time entrou com a pegada que tem que ser, mas na hora de decidir, de fazer o gol, tem que ter mais confiança e tranquilidade para matar o jogo. O nosso time merecia, no mínimo, um empate”, lamentou o zagueiro Paulo. Na 9.ª rodada, o Timãozinho tentará a reabilitação contra o Cascavel, no Janguitão.
Com moral
Em outros tempos, a cobrança dos torcedores era grande, mas ontem, após marcar o quinto gol no Campeonato Paranaense, Bill ouviu um sonoro e repetitivo coro de “Bill, Bill, Billl, Bill” na arquibancada do Janguitão.