Com apoio do grupo político do atual presidente do Coritiba, Samir Namur, Vilson Ribeiro de Andrade anunciou sua candidatura à presidência do clube no último dia 18 de setembro. Pouco mais de uma semana depois, a composição rachou.
Nesta quarta-feira (30), Vilson sinalizou que não abriria mão de escolher todos os nomes para o Conselho Administrativo (G5). E isso significaria a ausência de indicados dos grupos de Samir e de João Luiz Buffara Lopes, o Jango, pré-candidato pela chapa Sempre Coritiba.
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Segundo apurou a reportagem, os apoiadores de Samir alegam que Vilson havia concordado em escolher membros desses grupos para compor seu G5. No entanto, após perceber o aumento da rejeição do atual mandatário, teria mudado de ideia. Vilson nega.
“Como aceitaria uma candidatura onde teria um Conselho sem minha identidade e um G5 com pessoas de perfis diferentes dos meus? Pior, sem maioria no G5 não há como ter governabilidade”, afirma o ex-presidente, que ficou no cargo entre 2010 e 2014.
Mudança pode aproximar Vilson e Follador
Agora, os bastidores da eleição do Coxa ficam ainda mais quentes após o rompimento entre Samir e Vilson. O reflexo é a provável aproximação entre o ex-presidente e o pré-candidato Renato Follador Júnior, da chapa Coritiba Ideal.
A Tribuna/Gazeta do Povo apurou que Follador deve oferecer apoio a Vilson na disputa pelo cargo de presidente do Conselho Deliberativo para sacramentar uma composição. Desta forma, o ex-jogador do Coxa seguiria como cabeça de chapa.
“Ainda estou pensando, mas claro o que for melhor para o clube o farei. Ambição e poder não movimentam minhas decisões”, diz Vilson, que também não descarta sair do processo político.
Outros candidatos à presidência do Coxa
Do outro lado, Samir Namur não tentará a reeleição. Uma possibilidade é Jango ser confirmado como candidato à presidência em uma chapa agregando membros da situação. A situação, no entanto, ainda está sendo avaliada.
“Apesar do bom relacionamento, meu grupo não tem vínculo com o grupo do Samir. Temos um bom diálogo. Estamos estudando cenários e não está descartada uma chapa própria”, avisa Jango.
Outra alternativa é tentar convencer o representante da chapa Sangue Verde, João Carlos Vialle, a formar uma candidatura única com integrantes da situação e da Sempre Coritiba.
Vialle, por sua vez, também pode seguir como candidato independente. Aos 77 anos, o médico, que tem apoio do ex-presidente Giovani Gionédis, aposta que pode manter a votação expressiva da eleição passada, quando foi o segundo mais votado, com 32% dos votos – apenas 6% menos do que Samir.
Quando será a eleição?
A data da eleição ainda não foi oficializada. No próximo sábado (3), em uma assembleia-geral, o assunto será discutido. Os sócios votarão pela manutenção do pleito em 12 de dezembro ou pelo adiamento para março de 2021.
O motivo alegado para o eventual adiamento é o prolongamento do Brasileirão até fevereiro próximo ano, fato que prejudicaria o desempenho do clube, de acordo com alguns conselheiros coxas-brancas.
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