Nem parecia que no jogo de ontem, no Couto Pereira, era o campeão paranaense que estava se despedindo do Estadual. Debaixo de forte chuva e com público pequeno, o Coritiba ao menos venceu o Cascavel por 2 a 1, colocou Ariel na artilharia do campeonato e deu um pouco mais de alegria aos torcedores que se molharam muito para ir ao estádio.
Apesar das condições tornarem o confronto praticamente um amistoso, as duas equipes entraram dispostas a pelo menos tentar dar adeus ao Paranaense 2010 com dignidade.
Tanto que nos mesmos 7 minutos iniciais, quando o Alviverde abriu o marcador, Edson Bastos praticou defesa milagrosa diante de uma testada de Felipe.
No contra-ataque, os donos da casa aproveitaram para mostrar quem manda no Couto.
Lucas Mendes cruzou com perfeição e Rafinha deu um toque. Na sequência, Ariel empurrou pro fundo das redes, comemorando seu 11.º gol no campeonato e ganhando vaga na galeria de artilheiros do Estadual.
Sabendo da possibilidade de perder El Loco argentino na Segundona, os torcedores alviverdes aproveitaram para soltar o grito: “Fica, Ariel! Fica, Ariel!”. Os gritos de clemência pela permanência de Ariel no Coxa chegaram a ser mais fortes que os de campeão.
Com moral, o atacante se esforçou para marcar o seu segundo, mas pouco depois, aos 20, foi um zagueiro quem fez a bola novamente balançar no Couto. Depois de cobrança de escanteio feita por Andrade, a bola foi colocada na área e Demerson cabeceou para o fundo das redes.
O novo gol alviverde praticamente matou a Cobra. Apesar de o Cascavel diminuir o marcador, no minuto inicial do segundo tempo, com Rafael, não dava para o time interiorano.
Goleiro aos jogadores de linha do Cascavel, o que se viu foi a exaustão. Jogando no limite, sentindo o excessivo número de viagens proporcionado pelo Supermando, os atletas resistiram e lutaram para conseguir permanecer em pé no campo.
Aproveitando da fragilidade física do rival, o Coxa tentou se mandar pra frente. A intenção era tentar amenizar a bronca da torcida que chegou a reclamar de cada gol perdido, mas que no fim teve o consolo de poder gritar timidamente: “É campeão. É campeão”.