Alecsandro, Bruno Moraes, Pablo Thomaz e agora Jonatas Belusso. O Coritiba, já entrando no oitavo mês da temporada, segue ainda em busca de um camisa 9. Aquele matador que resolva os problemas ofensivos e possa ajudar a aumentar o poder de fogo do time na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Nenhum deles ainda conseguiu convencer. No entanto, a cada rodada, o Coxa tem provado que o problema não está simplesmente na falta de qualidade dos seus centroavantes, mas sim pela ineficiência do seu setor de criação, que pouco municia seus homens de frente.
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No empate sem gols diante da Ponte Preta, no último sábado, no Couto Pereira, esse problema ficou evidente. Os erros técnicos se sobressaíram em um time que ainda tenta embalar para buscar o acesso à primeira divisão. O Alviverde só não saiu de campo derrotado por conta da fragilidade do adversário e do goleiro Wilson, que mais uma vez salvou o time em pelo menos três oportunidades criadas pela Macaca.
Diante disso, a bola pouco chegou na frente. Os meias-atacantes Alisson Farias e Guilherme Parede, que jogam pelos lados do campo, estavam em noite pouco inspirada e praticamente não criaram nada. O meia Yan Sasse jogou sozinho e, a exemplo do restante do time, viveu uma noite técnica terrível e de pouca inspiração.
Jonatas Belusso, que estreou no decorrer do jogo diante do Guarani, foi titular nos três últimos jogos do Coritiba, mas ainda não convenceu. A dificuldade, na verdade, está em todo o sistema ofensivo, que tem dificuldades de encarar clubes que jogam com uma defesa mais baixa. Por ser um dos grandes da Série B, já virou rotina o Verdão enfrentar equipes que atuam mais recuadas.
Antes de Belusso, o técnico Eduardo Baptista testou outras peças, mas nenhuma deu o resultado esperado, provando a falta de qualidade da criação. Bruno Moraes foi o que mais jogou. Começou como titular, ainda marcou dois gols, mas longe de ser aquele jogador que, meses atrás, se destacou pelo Botafogo-SP e recebeu o prêmio de craque do interior do Campeonato Paulista.
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Depois, foi a vez do jovem Pablo Thomaz. Conseguiu ser um pouco mais regular, mas também foi prejudicado pela dificuldade do sistema ofensivo. Também não conseguiu emplacar uma sequência e, assim, voltou a atuar pelo time de aspirantes na disputa do Brasileiro da categoria.
Alecsandro também fez algumas partidas, mas foi o pior de todos. O camisa 9, com poucos bons jogos na sua passagem pelo Coritiba desde o ano passado, não fez por merecer a confiança depositada pelo treinador e também não emplacou na equipe titular. Por isso, foi preterido nos últimos jogos, sequer ficou no banco de reservas e pode deixar o Coxa antes mesmo do término do seu contrato, ao final desta temporada.
Confira a classificação completa da Série B
Assim, o Alviverde terá que se reinventar dentro da Série B. Conseguir, sobretudo, atuações mais equilibradas e aumentar seu poder de fogo para conquistar o acesso à primeira divisão. Seja dentro do próprio elenco ou ainda que seja um novo contratado, o time coxa-branca precisa mudar para começar a municiar seus centroavantes e evitar um desfecho de temporada catastrófico.