Com apenas uma semana à frente do Coritiba, o técnico Paulo César Carpegiani, depois de conquistar uma vitória diante da Ponte Preta (3×1), no Couto Pereira, e um empate com o Cruzeiro (2×2), no Horto, já começou a implantar seu estilo de trabalho no time coxa-branca. Contra a Raposa, a equipe apresentou novidades e o treinador alterou a configuração da formação tática para fazer do Verdão um time mais competitivo para conseguir voltar para casa com um bom resultado. Se a vitória não veio, o empate foi bastante valorizado, principalmente por se tratar de um confronto direto na luta contra o rebaixamento.

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Por causa de alguns desfalques, Carpegiani inovou. O zagueiro Luccas Claro atuou improvisado na lateral-direita e o meia Juan voltou as origens para jogar na lateral-esquerda. Assim, o lateral-direito Dodô atuou no meio-campo, com liberdade para atacar. O treinador explicou as mudanças e garantiu que, assim, o Verdão teve uma zaga mais alta nas investidas aéreas da equipe celeste.

“O Luccas Claro teve muitas dificuldades no primeiro tempo, no segundo também continuou. A responsabilidade é minha. Ele se esgotou fisicamente, mas contornou bem. O Juan atuou bem, foi uma emergência, é um jogador que sabe se posicionar. Eu não quis tirar o Juninho porque ele é muito bom dentro da área. Então tive que optar por não utilizar os dois laterais, porque se tivéssemos os laterais jogando normalmente, fatalmente aquelas bolas aéreas teríamos mais dificuldades do que tivemos. Eu precisava ter os zagueiros à disposição. Se eu faço jogar com três zagueiros, se abro dois pontos, teríamos dificuldades”, explicou Carpegiani.

Durante o duelo contra o Cruzeiro, principalmente no segundo tempo, quando o Coritiba perdeu um pouco o seu poder de criação, o técnico poderia ter deslocado Juan para o meio, mas o jogador melhorou sua performance e conseguiu ajudar a equipe coxa-branca a conquistar um ponto fora de casa.

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“Está explicado o porque da linha de quatro com Juan. A gente imaginava que o Rafinha viesse por esse lado e o Juan contornou bem. Teve dificuldade no primeiro tempo, se esgotou. Foi uma emergência e poderia tirar o Juan naquela situação, que estava bem adaptado, e colocar no meio. Poderia ter feito isso. Primeiro temos que ter confiança e conhecer melhor os jogadores. Vou usar o Juan no meio no próximo jogo”, declarou o comandante coxa-branca, que em 2010 e 2011 trabalhou no São Paulo com Juan, quando ele ainda era lateral. Coincidência ou não, os dois gols do Cruzeiro saíram de jogadas pelos lados do campo. Juan lembrou que não atuava como nessa função há muito tempo e reconheceu que faltou uma certa adaptação.

“Estava bastante tempo sem jogar na lateral. Não foi fácil, apesar de conhecer bem a posição, faltaram algumas coisas, como no primeiro gol. Não por falta de atenção, mas por falta de adaptação minha para marcar melhor na área”, finalizou ele.

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Na formação, o Alviverde abriu mão dos três atacantes, com dois jogadores abertos pelas pontas e teve apenas Neto Berola e Kazim lá na frente, povoando o meio-campo. Carpegiani terá agora mais uma semana cheia para trabalhar visando o duelo contra o Santos, domingo, às 18h, no Couto Pereira. Será um tempo a mais para o treinador reforçar seu estilo de trabalho e, contra o Peixe, o volante João Paulo e o atacante Kléber, que cumpriram suspensão contra o Cruzeiro, darão mais opções para que ele possa escalar o time.

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