Errou a mão

Coritiba trouxe 13 reforços, mas novas caras ainda não surtiram efeito

Augusto de Oliveira teve poucas opções por conta da falta de recursos do clube. Foto: Marcelo de Andrade.

Em meio a reconstrução que passa nos bastidores agora sob a administração do presidente Samir Namur, o Coritiba, por enquanto, provou que não conseguiu acertar a mão nas contratações realizadas nesses primeiros quase cinco meses de 2018. O clube, desde o início do ano, não foi muitas vezes ao mercado, trouxe ao todo 13 jogadores, mas poucos vingaram com a camisa alviverde nas disputas do Campeonato Paranaense, da Copa do Brasil e da Série B do Campeonato Brasileiro.

O Coritiba, na verdade, especialmente no início da temporada, precisou colocar o pé no freio por conta da falta de recursos para investir no futebol. A medida, então, foi apostar nos jogadores recém-promovidos das categorias de base e usar o primeiro trimestre para ver quais deles teriam condições de ajudar o Coxa na disputa da Série B do Brasileiro, que é o principal objetivo do clube nesta temporada.

O sistema defensivo foi o que mais recebeu reforços neste ano. Ao todo, o Coritiba trouxe seis jogadores, sendo quatro laterais e dois zagueiros. Nas alas, por enquanto, dois conseguiram emplacar atuações mais regulares. Casos do lateral-esquerdo Abner, revelado no clube e que retornou depois de um período no futebol europeu, e do lateral-direito Leandro Silva, que foi o último reforço apresentado pelo Verdão e já virou o dono da posição. Quem também chegou neste ano e conseguiu se firmar foi o zagueiro Alex Alves, que atualmente forma dupla com o jovem Thalisson Kelven.

Também na defesa, a diretoria do Coritiba fez algumas apostas equivocadas. O zagueiro Alan Costa, que veio do Internacional, pouco jogou e, quando entrou em campo, foi mal. O lateral-direito César Benítez foi o que mais teve chance, especialmente no Estadual, mas não conseguiu emplacar uma boa atuação sequer. Uma entregada de bola no fim do jogo contra o Atlético-GO, recentemente, e que quase resultou no empate do adversário, foi a gota d’água para o paraguaio não ter mais chances na equipe. O também lateral-direito Carlos César, que ainda não estreou, segue machucado.

Para o meio de campo, vieram quatro novos jogadores e poucos conseguiram agradar. Por enquanto, somente o volante Vinicius Kiss, que realizou apenas três jogos com a camisa do Coritiba, já provou que a diretoria do Coritiba acertou na sua contratação. O volante Simião, que chegou no início do ano, ainda não mostrou a que veio e, quando não esteve machucado, não conseguiu uma sequência no time coxa-branca.

Dois jogadores chegaram recentemente para reforçar o setor de criação do Coritiba. O meia Jean Carlos chegou para ser o novo camisa 10 do Coxa. No entanto, o jogador ainda não conseguiu uma regularidade e, aos poucos, está perdendo espaço na equipe do técnico Eduardo Baptista. O meia Chiquinho, que tem a versatilidade de jogar também como lateral-esquerdo e volante, agradou mais e, quando tem entrado, tem sido mais constante nas suas atuações.

Confira a tabela e a classificação da Série B!

Para o ataque, três jogadores foram contratados nesta temporada. No entanto, nenhum agradou ainda. O primeiro deles foi o argentino Alvarenga. O jogador teve algumas chances no Campeonato Paranaense, mas não foi bem e está esquecido no clube. Também no início do ano chegou o atacante Pablo, com a marca negativa de não fazer um gol há mais de dois anos. Depois de altos e baixos, o jogador segue com a pontaria descalibrada, mas tem conseguido fazer bons jogos na Série B.

O principal jogador de frente contratado pelo Coritiba até agora foi o atacante Bruno Moraes. Craque do interior e vice-artilheiro do Campeonato Paulista, quando vestiu a camisa do Botafogo-SP, o centroavante, depois de cinco jogos, segue sem marcar pelo clube. Segue também sem emplacar boas apresentações com a camisa alviverde.

Diante desse quadro, quem tem resolvido os problemas do Coritiba são os jogadores que já estavam aqui. Por isso e diante da falta de peças de reposição à altura para a sequência da segunda divisão, o diretor de futebol do Coxa, Augusto de Oliveira, ainda deve buscar mais reforços no mercado e, para seguir buscando o retorno à elite, o percentual de acerto terá que ser maior do que aquele apresentado até agora em 2018.

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