No último final de semana, o presidente Samir Namur completou um ano à frente do Coritiba. Aos 34 anos, o mandatário alviverde é o presidente mais novo da história do clube e tem colecionado insucessos em campo, falhas de gestão no futebol, muitas críticas e, inclusive, um pedido de destituição do cargo na reta final do seu primeiro ano de mandato. Problemas e dificuldades que o mandatário do Verdão terá que usar, a partir de 2019, para transformar a realidade do Coxa e tentar recolocar o clube de novo na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Samir Namur, na verdade, cumpriu várias das suas promessas de campanha neste primeiro ano de gestão. Mas nem todas elas estavam corretas. Na verdade grande parte. Talvez o principal mérito do presidente coxa-branca foi ter conseguido colocar a casa em ordem no âmbito financeiro com o pagamento e a negociação de dívidas deixadas pelas antigas gestões.
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O fracasso, na verdade, aconteceu em todo o planejamento do departamento de futebol. A montagem do elenco, desde o começo deste ano, foi errada e foi admitida recentemente por Namur. O clube quis apostar nos jogadores mais jovens na disputa do Campeonato Paranaense, mas poucos demonstraram capacidade de ajudar o Verdão na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Então, a diretoria precisou montar um elenco às pressas para a segunda divisão, só que mais errou do que acertou. O resultado veio em campo, na bola e o Coxa passou longe de conseguir o acesso à primeira divisão do ano que vem.
Além dos erros claros na montagem do elenco, faltou a diretoria do Coritiba definir uma linha de trabalho para os seus gestores e treinadores. Depois de dar carta branca para o ex-jogador Pereira, então, gerente de futebol, e Augusto de Oliveira, diretor, o clube demitiu os profissionais junto com o técnico Eduardo Baptista (que já havia substituído Sandro Forner) e o departamento de futebol alviverde ficou sem comando. Tcheco, de forma interina, foi uma das apostas para comandar o time e a diretoria, por último, apostou no técnico Argel Fucks, que seguirá para a próxima temporada.
Por conta de toda essa crise instalada e a falta de perspectiva para um bom ano em 2019, conselheiros se reuniram e pediram a destituição de Samir Namur da presidência. Quando parecia que haveria uma assembleia geral extraordinária para apreciação e votação dos sócios, a comissão legislativa do Conselho Deliberativo pediu o arquivamento do pedido. Muito também pelo posicionamento do ex-presidente Vilson Ribeiro de Andrade, que pediu mais união neste momento delicado.
O pedido do ex-dirigente tem um embasamento justo. O Coritiba, em 2019, terá que unir forças para conseguir retornar à primeira divisão. Por conta da permanência na Série B, o clube terá uma queda brusca no seu orçamento. A verba de televisão, por exemplo, que foi de R$ 34 milhões em 2018, será de somente R$ 8 milhões na próxima temporada.
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Por isso, o presidente Samir Namur e seus pares terão que demonstrar uma capacidade de fazer mais com menos. A primeira medida do cartola foi contratar o executivo de futebol Rodrigo Pastana, que estava no Paraná até setembro deste ano e tem no seu currículo alguns acessos com pouco investimento. Foi o caso do próprio Tricolor em 2017, quando montou um time competitivo e recolocou a equipe na Série A depois de dez anos seguidos na Série B.
Com orçamento definido e a diretoria de futebol montada, a sorte está lançada para o presidente Samir Namur tentar fazer, em 2019, uma temporada bem diferente do que foi 2018. O mandatário estará mais pressionado no cargo para recolocar o Coritiba de novo na elite do futebol brasileiro e reencontrar seu melhor caminho e que está esquecido nos últimos anos.
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