Tudo ou nada

Coritiba terá sequência crucial nas próximas duas semanas

Com desfalques e sem tempo para treinar, Carpegiani vai com um time mesclado na Sul-Americana. Foto: Jonathan Campos

A vitória por 1×0 sobre o Sport, domingo, na Ilha do Retiro, dá um fôlego para o Coritiba, que inicia nesta quarta-feira (21) uma sequência complicada. Começando pelo duelo contra o Belgrano, às 21h45, no Couto Pereira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Depois, no sábado (24), enfrenta o Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro, no Allianz Parque.

Porém, a maratona segue na semana seguinte, quando os desafios serão ainda maiores. Na quarta-feira (28) acontece a volta da Sul-Americana, na Argentina, e no sábado (1), um confronto direto contra o América-MG, no Couto Pereira.

“Nós temos o jogo na quarta-feira, importantíssimo, vamos com aquilo que temos de melhor, respeitando o adversário, que tem um futebol forte, aguerrido. Depois, temos o Palmeiras, não saímos daquela série de não poder nem respirar. Depois, temos uma decisão fora, vamos chegar quinta-feira à noite e no sábado vamos jogar contra o América, um jogo importantíssimo”, avaliou o técnico Paulo César Carpegiani, mais preocupado com o desgaste físico por conta das viagens e partidas e pouco tempo para treinar.

Na sequência, no dia 5 de outubro, vai até o Beira-Rio enfrentar o Internacional, mais um duelo direto na fuga da degola. Contando ainda com o jogo de domingo, em Pernambuco, o Coxa disputará seis partidas em um intervalo de 18 dias, sendo quatro delas fora de casa, e duas em longa em longa distância. O trajeto de ida e volta entre Curitiba e Recife é de 2.500 km. Para Córdoba, na Argentina, o trajeto é de 1.945 km, sendo que é necessário escala em Buenos Aires até lá.

Com tanto tempo na estrada, o tempo de recuperação dos atletas é mínimo. Carpegiani afirmou que tentaram adiar o duelo contra o Coelho para segunda-feira (3), mas não conseguiram. Até por isso, neste jogo desta quarta-feira (21), contra o Belgrano, o treinador terá que poupar alguns atletas, como o volante Amaral, que quebrou o maxilar, e o meia Raphael Veiga, com uma lesão muscular na coxa.

“Nós vamos jogar com o que temos de melhor, estamos tendo azar de lesões, mas sai um, entra outro e estamos contando com a garotada, juntamente com os mais experientes”, disse ele.

Em uma previsão mais otimista, o Alviverde após essa sequência complicada pode, pela primeira vez, chegar às quartas de final da Copa Sul-Americana e abrir ainda mais vantagem da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Por outro lado, pode sair machucado, eliminado do torneio continental e novamente na zona da degola.

Para evitar que todo o trabalho até aqui seja desperdiçado, o comandante coxa-branca resolveu optar por essa mescla de atletas entre um torneio e outro, mas sem dar prioridade a um deles. Só que com apenas 30 jogadores inscritos na Sul-Americana, sendo que seis deles estão no departamento médico – além de Amaral e Raphael Veiga, Juan, Kléber, Neto Berola e Walisson Maia também estão vetados -, as mudanças maiores serão diante dos argentinos.

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