Vice-campeão paranaense, mas longe de apresentar um futebol competitivo neste início de temporada, o Coritiba, a partir deste sábado, quando enfrenta o Sampaio Corrêa, fora de casa, na estreia na Série B do Campeonato Brasileiro, terá que provar a eficiência do seu projeto. Até aqui, a diretoria, para não comprometer seu caixa, optou por utilizar jogadores das categorias de base e contratou pouco. A hora da verdade é agora. O foco é a segunda divisão e a temporada de 2018, enfim, começará de vez para o Verdão.
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O presidente Samir Namur, que assumiu o clube no final do ano passado, nunca escondeu que o grande objetivo do clube em 2018 era a disputa da Série B. Por isso, usou o Campeonato Paranaense como uma espécie de laboratório. Muitos jogadores foram testados e poucos mostraram que têm condições de ajudar o time na Segundona.
“Muitas coisas foram positivas. Conseguimos ver as posições em que precisamos de reforços, conseguimos ver os jogadores da base, um legado importante, porque alguns num primeiro momento não conseguiram dar o que esperávamos, mas será importante daqui pra frente. Lógico que a gente fica bastante triste, queria conquistar o título, mas o que foi combinado, foi feito. Independente do resultado de hoje, o objetivo continua o mesmo, se tivéssemos ganho também. A gente sabe o que é preciso para iniciarmos a Série B”, apontou o técnico Sandro Forner.
O treinador, até então comandante do time sub-20 do Coritiba, aceitou o desafio de assumir a equipe principal, mesmo com todas essas dificuldades. Forner, então, mostrou suas fragilidades e teve seu trabalho contestado pelo torcedor. No entanto, ao que parece, as atuações ruins do Verdão no deficitário Estadual não abalaram a confiança da diretoria.
O buraco agora é mais embaixo. Acabaram os testes, reforços estão chegando e o Coxa entra na Série B com a missão de retornar para a elite. Para isso, os reforços contratados precisam dar uma resposta mais eficiente do que os poucos que chegaram no decorrer do Paranaense. Nenhum dos que chegaram anteriormente conseguiu se firmar.
“Alguns jogadores já foram contratados, outros devem chegar. A gente espera que esses jogadores que cheguem possam agregar qualidade com os jogadores que já estão. A gente tem que ter resultado rápido, mas a gente precisa melhorar muito ofensivamente”, enfatizou o técnico coxa-branca.
Bem ou mal, com reforços ou não, Sandro Forner saiu desgastado da disputa do Campeonato Paranaense. A pressão externa será grande para a saída do treinador caso o Coritiba não dê uma resposta positiva logo na largada da Série B.
Mesmo sendo um dos clubes de maior expressão na competição deste ano, o Alviverde entra no torneio sem ter convencido seu torcedor de que brigará pelo acesso. Reforços já chegaram, mas muitos outros precisam desembarcar no Alto da Glória para que o time chegue em condições de terminar no G4.