O Coritiba inicia hoje a última semana da temporada de 2018. Ano difícil, de muitos insucessos em campo e que vai terminar de forma melancólica na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter o maior investimento da segunda divisão, o time passou longe de conseguir seu retorno à elite do futebol nacional e, por conta disso, os últimos dias deste ano devem ser agitados nos bastidores, especialmente por conta da realização de uma assembleia de sócios que vai colocar em votação a destituição do presidente Samir Namur do clube.
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Na verdade, as definições para a próxima temporada passam muito por conter um pouco o clima no ambiente político do Coritiba. Por isso, o presidente Samir Namur convocou para hoje uma pauta de conciliação com os mais 80 de conselheiros do clube que assinaram o pedido de assembleia de sócios que será protocolado no Conselho Deliberativo alviverde. A intenção do cartola é convencer esse grupo de oposição ao seu trabalho a desistir de levar para frente o pedido de mudança da presidência do clube já no seu primeiro ano de mandato.
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Esse grupo de conselheiros, na verdade, está sendo a voz das arquibancadas. Por conta do fraco futebol apresentado em 2018 em todas as competições, especialmente na Série B do Campeonato Brasileiro, os protestos tornaram-se rotina nos jogos do Coritiba na reta final da segunda divisão. O pedido de saída do presidente Samir Namur, segundo esse grupo de conselheiros, é baseado no ano de dificuldades que o
Coxa terá em 2019 e a falta de capacidade da atual diretoria em conseguir formar um elenco forte. Isto porque terá menos dinheiro para montar o elenco que vai tentar conquistar o acesso à primeira divisão.
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O conselheiro Julio Jacob Junior, um dos idealizadores do pedido de assembleia, diz que a preocupação é grande. “O Coritiba tem um desafio no ano que vem que é captar recursos, ir ao mercado. Não dá para fazer futebol sem dinheiro. Apesar da dedicação que o Samir tem demonstrado ao clube, não vejo ele com essa capacidade para buscar recursos, para abrir portas para esse tipo de necessidade do clube. Isso me motivou a pedir a assembleia, mas, mais do que isso, estamos aqui representando os associados”.
A insatisfação é reforçada com a alegação de que a atual diretoria dá pouca abertura.“O que se escuta da arquibancada é que a torcida, os sócios, têm vontade de participar mais ativamente do clube, inclusive para decidir a permanência ou não dele (Samir Namur) no cargo. Será a chance para o presidente Samir mostrar quais as ações que ele pode tomar e convencer a torcida a mantê-lo no cargo, ou acontecer o que muita gente quer, que é que não presidisse mais o clube”, finalizou Jacob Junior.
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