Ninguém queria o empate, mas o Coritiba chegou um pouquinho mais perto do acesso e o Paraná ainda mantém um fio de esperança para tentar subir ainda este ano. Muito mais disputado no meio-de-campo, nervoso, o clássico na tarde nublada de ontem no Couto Pereira favoreceu mais à defesa tricolor do que o ataque alviverde e o placar acabou não sendo mexido. Com o 0 a 0, o Coxa vai tentar buscar a classificação para a Série A fora de casa enquanto a Gralha volta para casa para continuar sonhando diante de Bahia e América-MG.
Independente do posicionamento das duas equipes na tabela, Coritiba e Paraná mostraram que em clássico o prognóstico nunca pode ser antecipado. Ainda mais com o equilíbrio histórico entre os dois clubes. Por isso, a análise de Ney Franco que não haveria favorito foi se confirmando, mas se confirmou também a intenção do treinador alviverde de colocar o time para cima do adversário. Do outro lado, o Tricolor tratou de fazer o que mais sabe e está dando certo. Esperou o rival para tentar os botes nos contra-ataques, mas dos dois lados as defesas estiveram bem.
Os primeiros 45 minutos foram de posse de bola do Coxa e alguns arremates passando perto das traves. Muito poucos para a qualidade das equipes. Até o tradicional nervosismo, que ameaçou tomar conta da partida com Leandro Donizete e Luiz Henrique Camargo e um lateral não devolvido pelos paranistas, não aconteceu. A torcida coxa ainda tratou de gritar mais forte e empurrar o time, mas faltou experimentar. Juninho, que demonstrou alguma instabilidade nas saídas de bola. Mas isso não assustou o técnico Roberto Cavalo, que resolveu arriscar.
Com Willian apagado, ele resolveu apostar na velocidade de Somália para a etapa final. Mas o panorama não mudou e Ney resolveu lançar mão de Marcos Aurélio. Furar a retranca tricolor continuava difícil, mas o Coxa dava mostras que estava chegando mais, principalmente quando Enrico tabelou com Marcos Aurélio e fuzilou para Juninho salvar a meta do Paraná. A pressão aumentava, mas faltava chutar mais enquanto no contra-ataque só Kelvin, outra aposta de Cavalo, levou perigo ao gol de Edson Bastos.
A torcida alviverde foi ficando apreensiva enquanto os paranistas cantavam satisfeitos com a equipe, que suportava a pressão. No entanto, mesmo com a partida aumentando a emoção no final com a expulsão de Pimpão, o Coxa não conseguiu chegar às redes e o placar ficou no 0 a 0 mesmo.
Allan Costa Pinto |
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Juninho confere: bola esteve mais perto da área paranista, mas a defesa levarou vantagem. |
Allan Costa Pinto |
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Segurança foi reforçada e clássico não teve incidentes graves. |