O Coritiba voltou. Após dois anos na Série B, o Coxa carimbou seu acesso para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro na vitória por 2×1 sobre o Vitória na tarde deste sábado (30), no Barradão, em Salvador. A festa marca não só a volta à elite, mas também o fim de um sofrimento que consumia o torcedor alviverde, e era uma ameaça real à sobrevivência do clube. O trabalho para 2020 será grande, mas agora é a hora da torcida comemorar.
Com um time recheado de jogadores experientes e com nível técnico superior à média da Segundona, a sensação do início da competição era que o acesso seria tranquilo. Mas não foi. Apesar da vitória na estreia, na emocionante homenagem a Dirceu Krüger, o primeiro turno foi irregular – numa coincidência desta campanha, o primeiro jogo foi diante da Ponte Preta, então treinada por Jorginho, hoje o técnico alviverde.
O perde-e-ganha foi interrompido por uma série invicta de dez jogos. O time de Umberto Louzer saiu do meio da tabela para disputar palmo a palmo a liderança com o Bragantino. Naquele momento, já com Rafinha no elenco, o Coxa era mais considerado ainda como um dos quatro times que estaria na Série A. Rodrigão, Juan Alano e Alex Muralha lideravam a equipe dentro de campo.
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Mas uma turbulência abalou o Coritiba. Foram seis partidas de jejum, uma queda abrupta na classificação (caindo até a nona posição) e a troca no comando técnico. Saiu Louzer e entrou Jorginho, que assumiu sob forte pressão diante do América-MG. Teve momentos delicados, como na derrota para o Paraná Clube, e uma preocupação generalizada de não conseguir entrar no G4.
Só que uma nova sequência de invencibilidade, que chegou neste sábado a doze partidas. Essa série foi decisiva: marcou a reentrada alviverde no grupo dos melhores, reacendeu a motivação da torcida e não se abalou mesmo com a pressão dos adversários diretos. Não foi um período de apenas flores, com empates dolorosos e o afastamento de Rodrigão, mas a vitória sobre o Bragantino, na semana passada, permitiu ao Coxa chegar ao confronto diante do Vitória dependendo apenas de si para subir.
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A angústia da Série B, que durou dois anos, chegou ao fim com emoção dentro e fora de campo. Jogadores que se identificaram com o clube, como Rafinha e Alex Muralha, terminam essa caminhada como protagonistas do acesso, ao lado de Rodrigão e Sabino. Se eles seguirão no Alto da Glória, a resposta só será conhecida em breve. Neste momento, o que eles querem – jogadores, comissão técnica e torcedores – é festejar o retorno ao lugar de onde o Coritiba não deveria ter saído.