O final do ano pode ser movimentado no Coritiba. Pelo menos nos bastidores. Ainda este ano, está prevista uma reunião entre dirigentes do clube e o empresário João Destro, dono do Pinheirão, para tentar um acordo e utilizar o terreno como a nova casa do Coxa.
“Falei com o Destro e estou aguardando a vinda dele aqui para Curitiba. Ele quer que a sua família também participe da reunião. Não é um projeto de um estádio, e sim um projeto de um grande centro de eventos. Uma arena que tenha futebol e grandes eventos, que seja moderna”, afirmou Alceni Guerra, vice-presidente do Alviverde.
O cartola explica que há diversas possibilidades para a negociação, desde a compra do terreno do Pinheirão, até uma parceria com o empresário. “Nós já temos um pré-projeto, mas não podemos definir nada agora. Precisamos primeiro saber se o Destro tem interesse no negócio, se ele quer vender, se ele quer ser nosso sócio, são várias possibilidades”, garantiu Guerra.
A reportagem tentou contato com João Destro, mas o empresário não atendeu às ligações. Em entrevista em novembro, entretanto, Destro previu que o futuro do Pinheirão deve ser longe do futebol. Há planos para outros tipos de empreendimentos.
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“Apenas para reformar a atual estrutura para deixá-la em condições de uso precisaria de um investimento muito grande, de infraestrutura, parte elétrica, passaria de R$ 5 milhões. Eu não creio que dê certo o futebol porque não dá lucro, só dá para montar time e uma empresa não pode se dar a esse luxo”, declarou ele na época.
No dia 28 de junho de 2012, o dono do Grupo Destro arrematou o Pinheirão por R$ 57,5 milhões. A área de 124 mil metros quadrados foi leiloada por causa de uma dívida de R$ 2,5 milhões da Federação Paranaense de Futebol (FPF), dona do estádio, com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A última partida oficial no estádio foi no dia 11 de março de 2007, na vitória por 2×1 do Cianorte sobre o J. Malucelli, pelo Paranaense.
Aprovação do Conselho e outras opções
Mas para que o Coxa construa um novo estádio, a proposta precisa passar pela aprovação do Conselho Deliberativo do clube. Em julho, foram apresentadas seis propostas de novos estádios para os conselheiros votarem até o 12 de outubro, aniversário do clube. Entre os projetos, também está uma arena no bairro CIC. A decisão do Conselho Deliberativo, porém, acabou sendo adiada e o desfecho só deve sair em 2017.
Plano B
Ao mesmo tempo que sonha com o Pinheirão, o Coritiba também mantém a possibilidade de levantar um novo estádio no lugar do Couto Pereira. Tanto que esta semana o clube protocolou na prefeitura o pedido para demolir o Couto.
“Já está protocolado na prefeitura desde novembro um pedido para o estádio novo. Foi um pedido de licença para colocar abaixo o Couto Pereira e fazer uma arena moderníssima, uma das melhores do mundo”, explicou Alceni Guerra.
Com a mudança de gestão, a prefeitura de Curitiba só terá um parecer no próximo ano. O novo prefeito será Rafael Greca (PMN), torcedor alviverde declarado, que assume o cargo em janeiro de 2017. “Vamos esperar o posicionamento do Greca, agora não tem como prever porque ele nem assumiu”, disse Guerra.
Para construir um novo estádio ou reformar o Couto, o Coritiba precisa do aval da prefeitura para alterar as estruturas do zoneamento urbano. A liberação dos órgãos competentes para obras na região é complexa e já houve negativas anteriores.
Durante as eleições, o clube chegou a questionar os candidatos sobre uso de potencial construtivo no Couto e alterações urbanas na área, mas não obteve nenhuma resposta concreta. Para Guerra, a construção de um novo Couto Pereira é mais viável do que a reforma da praça esportiva.