Com 15 saídas ao término da última temporada e oito reforços já confirmados, o Coritiba, em meio aos trabalhos de pré-temporada, que está acontecendo em Foz do Iguaçu, no oeste do Estado, ainda está montando seu grupo visando as disputas do Campeonato Paranaense, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Essa demora na chegada de reforços deve-se principalmente às dificuldades que a diretoria alviverde está encontrando nas negociações com os atletas pretendidos pela comissão técnica.
Ao final da última temporada, o técnico Paulo César Carpegiani, em reuniões realizadas com o restante da comissão técnica e diretoria do Coxa, pediu a contratação de pelo menos sete reforços. Foram traçados os perfis das novas contratações para a temporada de 2017, nomes foram sugeridos, mas algumas contratações tentadas pela cúpula alviverde acabaram não vingando.
Mesmo assim, a diretoria contratou oito nomes até o momento. Destes, o zagueiro Márcio, ex-Atibaia, e o atacante Léo Santos, que estava atuando no Náutico, são ainda apostas que o Coxa está fazendo, a exemplo do que aconteceu com o atacante Iago, que acabou se destacando no Brasileirão do ano passado.
Na semana passada, Carpegiani revelou as dificuldades encontradas pelo Coritiba diante da sua realidade financeira e também devido à grande concorrência do futebol brasileiro. O treinador lembrou que o Coxa acabou perdendo alguns jogadores pretendidos inicialmente pela comissão técnica.
“Nos reunimos com a comissão técnica e estudamos várias condições. Várias situações de vários jogadores teriam que ser preenchidas dentro da realidade financeiro. Escolhemos, mas não somos o Real Madrid, que escolhe esse e aquele. No futebol brasileiro a concorrência é muito grande. Traçamos um perfil, analisamos todos os aspectos. Decidimos, mas um ou outro jogador acabaram indo para outros clubes que chegaram na nossa frente”, apontou o treinador.
Com menos de 20 dias para a estreia no Campeonato Paranaense, o Coritiba busca a contratação de pelo menos mais três reforços ainda para dar a largada na temporada. O clube quer a contratação de um lateral-esquerdo, um meia de criação e um atacante. O meio de campo, inclusive, é a posição, nas palavras de Carpegiani, mais carente do atual elenco alviverde.
Algumas dessas negociações estão em andamento, mas seguem travadas. O lateral-esquerdo William Matheus tem um acordo encaminhado com o Coritiba, que aguarda a liberação do Toulouse, da França, para confirmar a contratação do jogador. Para o ataque, o nome pretendido é do atacante Henrique Almeida, que estava no Grêmio. Com o jogador e com o tricolor gaúcho já está tudo acertado, restando apenas um acordo com os investidores do atleta que o levaram para a equipe do Rio Grande do Sul.
Nesta quinta, o presidente do clube gaúcho, Romildo Bolzan, confirmou que o acerto está muito próximo. “O Coritiba manifestou o interesse de ter o Henrique e estamos repactuando uma série de questões. O Coritiba já esteve muito longe e, agora, está mais próximo. Repactuamos alguma coisa com os empresários e aproximou bastante, mas não é assunto finalizado”, disse o cartola.
Para o setor de criação, a diretoria alviverde trabalha com algumas frentes. O clube tem conversas adiantadas com o meia Daniel, do São Paulo, mas também tem interesse em contar com Éderson, do Flamengo. A prioridade do clube era Rafael Longuine, do Santos, mas os valores ficaram abaixo do esperado. Outra opção também é Davi, que teve boa passagem no clube em 2011 e estava atuando no futebol chinês.
