No ano do centenário, o Coritiba deu adeus a mais uma competição. Depois do Paranaense e da Copa do Brasil, o Alviverde também ficou de fora da Sul-Americana e já na primeira fase.
O time lutou bravamente, conseguiu reverter o resultado adverso do primeiro jogo em Salvador fazendo 2 a 0 ontem no Couto Pereira, mas acabou sucumbindo aos erros de arbitragem no tempo normal e ao Vitória nas penalidades máximas.
O zagueiro Jeci foi infeliz na cobrança e o Coxa viu as chances de buscar um título na temporada acabarem. Agora, a equipe do Alto da Glória se volta para o Brasileirão.
Precisando vencer por dois gols (no mínimo) para se classificar para a próxima fase, o Coritiba não teve outra alternativa a não ser partir pra cima do Vitória. A torcida não foi a esperada, mas empurrou o time contra a meta defendida por Gleguer.
O problema foi superar a boa retranca armada por Vagner Mancini. O treinador baiano colocou o Vitória para explorar as laterais e deixou dois atacantes na frente. Mesmo assim, o Alviverde conseguiu dominar as jogadas e segurou bem o ímpeto baiano. Poderia até ter marcado no primeiro tempo, mas a arbitragem peruana atrapalhou.
Em dois momentos, o time sofreu pênalti, mas Victor Hugo Rivera mandou os lances seguirem. Aos 12, Gleguer entrou com os dois pés em Marcos Aurélio e ganhou apenas cartão amarelo.
Seria pênalti se a jogada não tivesse sido mal anulada. Não havia impedimento no atacante. Com o apito contra, o técnico Ney Franco resolveu dar mais mobilidade ao ataque e lançou mão de Renatinho, colocando Heffner na lateral-esquerda e Pedro Ken na direita.
O baixinho segurou Apodi e foi visivelmente derrubado na área por Vanderson, que deu um empurrão nas costas do meia coxa. O árbitro fez que não com mão. Aí, na segunda etapa, a estrela de Marcelinho Paraíba resolveu brilhar.
Ele recebeu um passe precioso de Leandro Donizete e soltou o canudo do meio da rua. A bola entrou no cantinho, sem chances para Gleguer. O mesmo Gleguer salvou um outro petardo de Marcos Aurélio, mas no rebote Renatinho mandou para o gol, a bola bateu no chão, desviou em Apodi e encobriu o arqueiro.
O resultado já era bom e a galera cantava empolgada. Poderia ter sido melhor, mas o time cansou e o Vitória ainda ameaçou fazer o gol e o pé salvador de Márcio Gabriel levou a decisão para as penalidades.
Nas cobranças, Marcelinho Paraíba, Rodrigo Heffner e Renatinho acertaram o gol, mas o zagueiro Jeci errou e permitiu ao Vitória a chance de vencer. E o time baiano acertou as cinco cobranças e comemorou a classificação.