E agora?

Coritiba recomeçará 2018 quase do zero. Da diretoria ao elenco

Wilson deve ser um dos pilares da reconstrução do Coritiba em 2018. Foto: Albari Rosa

Depois de seis anos lutando seguidamente contra o rebaixamento, o Coritiba amargou no último domingo (3) a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro. E a partir da semana que vem terá que juntar os cacos e ajustar a casa para tentar voltar à elite do futebol brasileiro no final de 2018.

No sábado (9), o novo presidente será definido e até lá o futuro do clube é uma incógnita. Somente quando o novo mandatário for definido é que o clube poderá adotar um caminho. Certo mesmo é que quem assumir o comando, terá que recomeçar praticamente do zero.

“Agora é hora de remontar. O Coritiba é muito grande, já passou por isso e vai se reerguer mais forte ainda, tenho certeza. Vai mudar a diretoria, a gente espera que a nova diretoria tenha mais estrela e reerga o Coritiba o quanto antes. O Coritiba vai dar a volta por cima com certeza”, afirmou o goleiro Wilson.

A começar pelo elenco. Dos 41 jogadores do elenco principal do Verdão, 23 têm contrato somente até o o dia 31 de dezembro. Desses, a tendência é que nenhum fique. Alguns, até já foram embora. O volante Alan Santos está indo para o futebol mexicano, o zagueiro Luizão já foi devolvido ao Londrina e o meia Anderson sequer voltou de Chapecó com a delegação.

Thalisson Kelven se emocionou muito com o rebaixamento. Garotada deve ser a base do Coxa no ano que vem. Foto: Marcelo Andrade
Thalisson Kelven se emocionou muito com o rebaixamento. Garotada deve ser a base do Coxa no ano que vem. Foto: Marcelo Andrade

Outros nomes pouco utilizados ao longo do ano, como o volante Edinho, o atacante Filigrana e o meia Tomás Bastos, não devem ficar, assim como jogadores mais caros, casos dos atacantes Henrique Almeida e Alecsandro e do lateral-esquerdo Thiago Carleto.

O que não quer dizer que alguns ‘medalhões’ não devam continuar. O goleiro Wilson, de 33 anos, e o atacante Kléber, com 34, têm vínculo mais longo e seriam as referências do time. O primeiro já manifestou o interesse em continuar.

“Eu tenho contrato e pretendo cumprir. Já falei que apesar de tudo tive um bom ano, uma valorização, tem especulações, mas tenho contrato com o Coritiba e pretendo cumprir”, ressaltou ele.

Mas, diante da nova realidade financeira que o clube passará, por conta de novos ajustes de patrocínios e perda de sócios, a aposta deve ser na garotada da base. Vale lembrar que neste ano o Coritiba foi vice-campeão brasileiro sub-20 com nomes como o zagueiro Thalisson Kelven e o meia Vitor Carvalho, que foram titulares na derrota para a Chapecoense. Além deles, os laterais Marcos Moser e Léo Andrade e o zagueiro Romércio ficaram no banco de reservas. Todos eles quase não tiveram chances ao longo do Brasileirão, mas podem ser o pontapé inicial para 2018.

“Sempre vimos muita qualidade nessa garotada. Eles demonstraram mais uma vez e em outros momentos. É difícil numa situação que a gente via colocar um garoto numa situação como essa, entendo a comissão também. A gente vê que esses garotos que têm futuro pela frente e vão fazer parte dessa reconstrução do Coritiba”, reforçou Wilson.

Comando técnico

Porém, para definir o elenco será necessário primeiro escolher o treinador. Marcelo Oliveira tem contrato somente até o final do ano e alguns candidatos a presidente já não mostraram tanto interesse em mantê-lo no cargo, até pelo alto salário. Porém, o próprio técnico já se colocou à disposição para fazer o clube dar a volta por cima.

“Eu tinha certeza que se eu passasse (com o Coritiba ficando na elite), eu não ficaria. Agora, mais do que nunca estou à disposição do clube. Técnico vive de resultados e talvez não queiram que eu fique, mas eu estou à disposição porque sou grato ao Coritiba, eu amo o Coritiba e respeito o Coritiba e a torcida”, disse Marcelo Oliveira.

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