O Coritiba confia no Ministério Público, na Polícia Militar, na Federação Paranaense de Futebol e no próprio Atlético para ter o direito de também receber o clássico de torcida única no segundo turno do Paranaense. Na quarta-feira, a cidade de Curitiba experimentou o primeiro Atletiba da história com apenas torcedores de um clube. Os resultados não diferiram muito do que quando há grupos rivais também nas arquibancadas. No entanto, o fato da partida estar marcada somente para o dia 22 de abril faz com que o Coxa espere os acontecimentos para tomar medidas legais.
De acordo com o presidente Vilson Ribeiro de Andrade, esse assunto não deveria ser levantado agora porque a partida ainda está muito distante. Mesmo assim, ele garante que o Alviverde vai fazer o Atletiba no segundo turno com torcida única. “Existe um acordo entre as partes e está protocolado na Polícia Militar, no Ministério Público e assinado por todas as partes”, diz o presidente Vilson Ribeiro de Andrade.
Presente ao estádio, o vice-presidente Ernesto Pedroso Júnior considerou o espetáculo em si decepcionante. “Achei que teria mais torcida do Atlético”, analisou. No entanto, apesar de não gostar da tese de clássicos com apenas uma só torcida, ele espera que no segundo turno seja cumprida a palavra empenhada. “Isso foi um pacto entre o Vilson Ribeiro de Andrade e o Mário Celso Petraglia, entre as duas presidências, e deve valer o que foi combinado. Pela formatação do acordo de cavalheiros, que acho que foi muito bem pactuado, tem que ser mantido”, aponta Pedroso.
Na visão dele, a experiência valeu a pena. “Como cidadão, achei positivo. Aconteceu um ou outro problema pontual”, avalia o vice-presidente. Por isso, ele espera um Alto da Glória só com Coxas. “Não se pode ter dois pesos e duas medidas”, finaliza o vice-presidente. De qualquer forma, o clube deverá acompanhar de perto todas as movimentações em torno do Ministério Público e da Polícia Militar, bem como do Atlético e a Federação Paranaense de Futebol, para que o princípio de isonomia seja garantido ao Coritiba.
No entanto, qualquer medida judicial só será tomada no caso do acordo ser descumprido. Mesmo assim, o Alviverde corre o risco de ter que vender ingresso para torcedores visitantes caso alguém acione a Justiça para poder acompanhar a partida no Couto Pereira, motivado pelo Estatuto do Torcedor.