Seriamente ameaçado de disputar a Série B em 2014, o Coritiba aposta na união de forças para evitar a amarga sensação de ser rebaixado. Dentro de campo os jogadores estão convictos de que não há outro resultado senão a vitória contra o Botafogo, no domingo, para evitar o pior. Fora dele, a torcida promete só apoiar. ‘Nem de longe essa é a situação que gostaríamos no fim do campeonato, mas não vamos jogar a toalha, como muita gente já fez. É agora que o clube precisa de nós, e vamos estar lá’, garante Reimackler Graboski, presidente da principal organizada do clube.
Mesmo com o Coritiba não correspondendo dentro de campo, os torcedores prometem abraçar o time. Para o técnico interino Tcheco, isso é importante. ‘O diferencial nesse momento vai ser o torcedor. Tem sido positivo dentro dos aspectos que o Coritiba se encontra, e eles vêm apoiando, fazendo sua parte e nesse momento vai ser muito essencial essa força do torcedor. Em casa é outro campeonato. É uma final de Copa do Mundo’, prega o treinador.
Entretanto, diante da possibilidade de o Alviverde terminar a penúltima rodada do Brasileiro rebaixado, ninguém nega que cobranças inevitavelmente irão acontecer caso o resultado da partida não seja o esperado. ‘Não cantamos por jogadores, cantamos pelo Coritiba. O apoio vai acontecer, e a torcida vai cantar durante os 90 minutos. Mas se acontecer a pior das hipóteses, claro, vão existir cobranças. Mas de uma maneira inteligente.’, afirma Reimackler, descartando algo semelhante ao que ocorreu em 2009.
Inclusive, ele é veementemente contra abaixar o valor dos ingressos. O motivo é simples: evitar a repetição de cenas protagonizadas há quatro anos. ‘Não seria uma boa ideia (abaixar o preço dos ingressos). E 2009 é um exemplo de que estádio cheio nem sempre ajuda. Não gosto de lembrar, mas tenho que usar como exemplo. Naquele ano, com os ingressos a R$5, vieram torcedores de todos os cantos da cidade, e 10% que infelizmente não estavam nem aí para o clube’, recorda Reimackler.