Tem que contratar!

Coritiba prova em campo que precisa de reforços

Bruno Moraes precisou da ajuda de Gustavo Geladeira para marcar seu primeiro gol pelo Coritiba. Foto: Divulgação/Coritiba FC

No final da semana passada, a diretoria do Coritiba enviou uma carta aos sócios. Nas entrelinhas, o texto dizia que seria difícil ver investimentos de porte no time por conta das dívidas contraídas por gestões anteriores. Mas o torcedor, quando vê o Coxa jogar o mau futebol apresentado no empate com o Boa Esporte em 1×1, sábado (19), em Varginha, fica pensando se as 14 contratações feitas neste ano poderiam ter sido reduzidas – ou pelo menos terem sido mais acertadas. E também entende porque o técnico Eduardo Baptista, com um discurso diferente dos cartolas, espera reforços para “chegar e jogar”.

Confira a avaliação sobre 13 reforços do Coxa

A atuação diante do lanterna do Campeonato Brasileiro da Série B foi uma das piores do Cori em 2018. Se Wilson não fosse o milagroso de sempre em quatro ou cinco defesas, teria sido vista a proeza de se perder para uma das equipes mais fracas da Segundona. E registre-se que o gol de empate veio numa pixotada de Gustavo Geladeira, que tentou cortar e acabou encobrindo o goleiro Fabrício, facilitando o trabalho de Bruno Moraes, que marcou seu primeiro gol com a camisa alviverde. Antes, o Boa tinha aberto o placar com Caíque, aproveitando uma falha de marcação de todo o sistema defensivo do Coritiba.

A comemoração diferente para o gol de Bruno Moraes. Foto: Divulgação/Coritiba FC
A comemoração diferente para o gol de Bruno Moraes. Foto: Divulgação/Coritiba FC

Os erros se sucederam do início ao final do jogo. Como se estivessem aguardando apenas o momento certo de matar a partida (que nunca veio), os alviverdes deixavam os mineiros jogarem, e com isso as chances se acumularam. E aí era só Wilson pulando de um lado para o outro para evitar que a bola entrasse. E em todo lance a cena se repetia – o goleiro defendia, se levantava, reclamava da defesa. E logo depois acontecia tudo de novo.

SINCERÃO: Eduardo Baptista admite que Coxa poderia ter perdido pro Boa Esporte

“A gente está bem atento a isso. Depois de um mês de trabalho já temos o elenco na mão e conhecemos muito do que acontece aqui dentro. A gente precisa de algumas peças de encaixe, a diretoria está atenta a isso”. A frase de Eduardo Baptista não é de depois do jogo, é de antes da partida contra o Boa Esporte. E ela ficou mais verdadeira com o que se viu em Varginha. Sem alguns titulares (e sem falar de Kléber, que é titular com um pé – machucado – nas costas), o Coritiba mostrou muita dificuldade, e seguiu sem ser um time protagonista em campo.

Se é possível dizer que dominou, o Coxa só controlou os minutos finais do jogo, quando o Boa cansou. Antes, os donos da casa ganharam todos os duelos táticos, tinham o controle do meio-campo, levavam vantagem na bola alta… E o Cori mal criava. Apesar de muito criticado, Bruno Moraes não participa do jogo porque a bola não chega nele. Mesmo tendo entrado bem na partida (a única boa novidade), Alisson Farias não fez um jogo para o centroavante. Qualquer atacante isolado na frente vai sofrer.

Confira a tabela e a classificação da Série B!

E é por isso que o treinador pede contratações. Não por discurso, mas pela real necessidade do Coritiba melhorar seu elenco. Qualificar seu grupo para lutar pelo acesso. Em sexto lugar na Série B, com 11 pontos, o Coxa poderia ter terminado a rodada no G4. Bastava ter jogado só um pouquinho.

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