O gol de Triguinho aos 49 minutos do segundo tempo fez a festa dos torcedores na arquibancada da Arena Joinville, alegrou a diretoria pela primeira vitória na Série B do Campeonato Brasileiro, mas não aplacou os prejuízos que o Coritiba está tendo ao atuar em solo catarinense.
O clube já projeta em R$ 2,5 milhões o déficit com os dez mandos longe do Couto Pereira, baseando-se na média de público pagante dos dois confrontos já disputados na Arena Joinville (1 x 1 América-MG e 1 x 0 Brasiliense). “Pelo público, eu acredito que nós deveremos atingir a marca de R$ 2,5 milhões de prejuízo. Deslocamento, bilheteria, falta de receita de público, perda de associado que acaba não contribuindo por que não pode assistir aos jogos”, calcula Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Alviverde.
Para ele, outro fator importante do baixo fluxo de caixa se deve à programação dos jogos. “Numa terça-feira (o torcedor) não vem mesmo, é difícil. A gente até entende e, mesmo que queira, ele não tem condições de vir”, lamenta o dirigente. o Coxa ainda terá mais seis jogos às terças-feiras, mais um numa sexta e apenas um num sábado.
Na partida contra o Brasiliense, o clube ainda tentou inflar as arquibancadas com a distribuição de ingressos na rede municipal de Joinville, mas isso também não convenceu muita gente da cidade a acompanhar a partida. Para reverter a situação, o clube busca parcerias e corre atrás de novos patrocinadores. “Estamos atrás de alternativas financeiras e tirando água de pedra. Por isso, espero que o nosso associado continue nos prestigiando e nos ajudando, pois é um momento muito difícil e o Coritiba precisa do seu associado, do seu torcedor”, completa Andrade.
O clube atingiu a marca de dez mil sócios quando conquistou o supermando, mas agora tenta oferecer atrativos (camisas, descontos em planos de saúde e em estabelecimentos comerciais) para que eles continuem pagando em dia.
