Mau momento

Coritiba precisa encontrar respostas pras críticas e pro ambiente carregado

Henrique Almeida nos treinos. Ele garante que o Coritiba vai melhorar sua produção no Paranaense e no Campeonato Brasileiro. Foto: Divulgação/Coritiba

No último ano da gestão do presidente Rogério Portugal Bacellar, o Coritiba não começou bem a temporada. Sem jogar bem no Campeonato Paranaense e eliminado da Copa do Brasil pelo ASA, em pleno Couto Pereira, o time coxa-branca tem vivido dias turbulentos. A demissão recente do técnico Paulo César Carpegiani escancarou alguns problemas do clube e, apesar do ambiente mais carregado, os jogadores alviverdes minimizam o momento ruim e garantem que o Verdão será o campeão estadual de 2017.

Na última janela para a imprensa, o atacante Henrique Almeida, que foi um dos principais reforços contratados pelo Coritiba, tentou justificar o injustificável. Apesar de ter marcado apenas seis gols em sete partidas no Campeonato Paranaense, o centroavante minimizou a baixa produtividade ofensiva do Verdão neste início de temporada.

“É relativo. Depende do modo que você olha. Se for ver, dos seis gols do time, os seis foram feitos por atacantes, dois meu e quatro do Kléber, que é o artilheiro do Campeonato. Nosso time fez seis e tomou quatro, é relativo”, disse. “Se você faz sete jogos no Brasileiro, faz seis gols, vence seis por 1×0, você tem 18 pontos. Então, é relativo, depende do número de gols que você faz e toma. Se você vai para o Brasileiro e ganha cinco jogos por 1×0 e perde um por 2×0, você tem 15 pontos em seis partidas, o que não é ruim”, continuou Henrique Almeida.

Mau rendimento

Henrique tentou contemporizar uma situação que não anda nada bem no Coritiba. O ataque, setor mais reforçado pelo Verdão, segue improdutivo. O torcedor coxa-branca perdeu a paciência com a equipe. Não apenas pelo início ruim de temporada, mas também pelos anteriores sem títulos no Estadual e apenas lutando contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

“A torcida está no direito dela, de cobrar, está certo. Quando as coisas não dão certo no campo, o torcedor está no direito. Já vem há três anos assim, então tem que ser mudado. O grupo inteiro está com o mesmo pensamento de ser campeão paranaense e fazer um excelente Brasileiro. Mas isso só muda com trabalho”, ponderou Henrique Almeida.

Mudanças

A falta de um padrão de jogo e de uma cara neste início de ano deve-se também a troca no comando técnico. Paulo César Carpegiani deixou o Coritiba sem deixar saudades. O clube procurou um substituto, tentou alguns nomes, mas, a pedido do elenco, Pachequinho seguirá como interino na função. Com isso, aumenta também a responsabilidade dos jogadores, já que a sequência de resultados ruins pode acabar afetando o treinador no comando da equipe.

“A gente precisa ter a consciência de tudo porque começou a estourar no Pachequinho. Foi uma escolha nossa, pedimos para a diretoria efetivá-lo. Não estamos correndo só por ele, temos que correr pela gente, para essa pressão não ficar só em cima dele, mas para sair logo de vez de cima da diretoria, do treinador, e não chegar nos jogadores. É trabalhar no dia a dia e fazer o nosso papel”, finalizou o zagueiro Juninho.

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