A paralisação do futebol nacional por causa da pandemia da Covid-19 esfriou o cenário eleitoral no Coritiba. A seis meses do pleito, ainda sem definição de retorno do Paranaense – tampouco do início do Brasileirão –, o assunto ainda é pouco comentado nos bastidores do clube.
Atualmente, existem três pré-candidaturas. A primeira tem o especialista em previdência Renato Follador Júnior como cabeça da chapa “Coritiba Ideal”. Filho do ponta-esquerda Renatinho, ídolo da década de 1950, ele próprio também defendeu o clube como atleta nos anos 70.
Apesar de ter anunciado que concorreria ainda em 2019, Follador explicou por que seu grupo não tem aparecido.
“Ficamos num impasse, estávamos pensando em ir mais para a mídia, mas com a pandemia tudo ficou em segundo plano. Não estamos mostrando tudo o que estávamos fazendo porque a prioridade é resolver essa situação da doença. Mas temos muita coisa no papel”, garantiu.
O torcedor João Luiz Buffara Lopes e o ex-conselheiro e ex-blogueiro Luiz Carlos Betenheuser fazem parte de outra chapa, ainda sem nome oficial. Formado no fim de 2017, o grupo registrou em cartório um plano estratégico para o Coxa no ano passado.
No entanto, para não tumultuar o clube neste momento, o anúncio oficial e a divulgação das propostas só virão assim que o período eleitoral for oficializado, o que deve acontecer em setembro.
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“O que posso falar em nome do grupo é que estamos estudando, nos capacitando em gestão desportiva e outras áreas, e que nosso foco é conversar com os sócios em relação à gestão do clube”, falou Betenheuser.
“Se ganharmos, ótimo. Se perdermos, o plano fica à disposição do clube. Queremos o bem do Coritiba”, enfatizou ele, que trabalha na coordenadoria financeira da prefeitura de Curitiba.
O torcedor Paulo Roberto “Mago” também se apresenta como pré-candidato. Em vídeos na internet, ele angariou apoio do psicólogo Gilberto Gaertner, com passagens por diversos clubes de futebol, que atuaria na coordenação das categorias de base, e também do ex-volante Léo Gago, que defendeu o clube entre 2010 e 2011.
Reeleição?
Ainda não há definição se o atual presidente, Samir Namur, tentará a reeleição. A reportagem apurou que a decisão depende diretamente do desempenho do time na temporada. Caso os resultados sejam bons, aumenta a chance de atual o mandatário tentar um novo ciclo de três anos à frente do Alviverde.
“Nesse momento não existe conversa sobre reeleição. O foco está voltado para o futebol em 2020. Ma se o Samir for candidato, estarei com ele”, avisou o segundo vice-presidente do Conselho Deliberativo coxa-branca, David Colaço Meira Neto.
Por enquanto, o cronograma da eleição está mantido, apesar da pandemia, de acordo com o presidente do Deliberativo, Marcelo Licheski. Desta forma, o pleito deve acontecer na primeira quinzena de dezembro.
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