Por causa do impasse relativo ao projeto da empresa paulista WTorre, o Coritiba parte para novas empreitadas para revitalizar o Couto Pereira. O vice-presidente Marcos Hauer, encarregado pela diretoria de negociar a construção do novo estádio, voltou semana passada da África do Sul, onde visitou algumas das praças da Copa de 2010. Conseguiu um flerte com a britânica Intelligent Venue Solutions (IVS), especializada em administrar arenas para shows, estádios de futebol e afins.
Hauer diz que a IVS administra quatro estádios que serão usados na Copa de 2010. Na verdade, o site da companhia diz que ela gerencia apenas a remodelação do estádio Soccer City (também chamado FNB), em Joanesburgo, que abrigará a partida de abertura e a final do Mundial africano.
A IVS também prepara, a mando do governo sul-africano, relatórios sobre o gerenciamento econômico e revisão da arquitetura de todos os estádios da próxima Copa.
Segundo o cartola alviverde, um diretor da empresa agendou visita a Curitiba paraa semana que vem. Não há nada de concreto trata-se apenas do primeiro contato formal. “Fornecemos várias informações sobre o clube e a empresa demonstrou interesse em conversar”, disse Hauer.
O projeto original elaborado pela WTorre foi vetado pela Prefeitura de Curitiba, pois o Plano Diretor da cidade proíbe a construção de hipermercado e shopping center naquela região por causa do fluxo de pessoas.
E a empresa diz que a obra não é viável economicamente sem estes empreendimentos. Nesse vai-não-vai, o termo de compromisso entre o clube e a WTorre encerrou-se no último dia 20 de maio.
Embora tente evitar um conflito, o Coxa mostrou-se descontente com o que chama de intransigência da empresa em ajustar o projeto às exigências da Prefeitura. “Não descartamos totalmente a parceria com a WTorre, que foi muito útil. Mas estamos juridicamente liberados para procurar outra parceira”, falou Hauer.