Em carta enviada aos sócios do Coritiba na semana passada, o presidente Samir Namur escancarou os problemas financeiros pelos quais o clube atravessa. Muito por conta de dívidas trabalhistas com diversos jogadores e membros de comissão técnica que já deixaram o Coxa há alguns anos.
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Segundo o dirigente, só em 2018, em acordos feitos com esses ex-funcionários, o Coxa terá que arcar com R$ 9.704.227, divididos entre 12 atletas e dois treinadores. Um valor que se reflete em 10% da receita do Alviverde para a temporada e em 50% do previsto com gastos com a folha de pagamento de todo o elenco.
“Não são poucos os exemplos de tragédia administrativa e financeira do Coritiba nas últimas administrações. Um número relevante é o da previsão de acordos a serem pagos em 2018, frutos de negociações e processos nas esferas cíveis e trabalhistas. Nesse valor estão dívidas com ex-atletas e membros de comissão técnica, tais como: Ricardinho (lateral-esquerdo), Zé Love, Hélder, Keirrison, Escudero, Jajá, Caio Vinícius, Baraka, Cleiton, Demerson, Moacir, Rafinha (atacante), Pachequinho e Carpegiani”, ressaltou Namur.
Além disso, ainda existe um passivo cível e trabalhista que gira em torno de R$ 50 milhões, correspondente a processos ajuizados e que ainda não terminaram, com um número maior de ex-atletas e funcionários. Os que terão o acerto em 2018 foram apenas os que aceitaram as propostas de parcelamento.
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O objetivo do Coritiba foi, com essas explicações, minimizar as cobranças feitas por torcedores em relação à falta de contratações mais impactantes e apostas em jogadores mais baratos.
“Por isso, só o compromisso sério de cumprir o orçamento e gerir as dívidas garante a viabilidade futura do futebol coxa-branca. Essa foi a proposta eleita em dezembro de 2017, que vem sendo cumprida com rigor até aqui e será até o final de 2020”, completou a nota.