É vencer ou vencer

Coritiba não pode ter outro resultado a não ser a vitória

O Coritiba há tempos não entra tão pressionado em um clássico Atletiba. Relegado à ZR durante quase todo o Brasileiro, o clube não pode nem pensar em um novo tropeço em casa, sob o risco de tomar um caminho irreversível em relação ao rebaixamento. O jogo, visto como “um campeonato à parte”, sob um prisma otimista, pode ser a chance de redenção e o início de uma reação histórica. Os números são pouco animadores e impõem ao time de Marquinhos Santos a necessidade de um campeonato “perfeito” a partir de hoje.

Na lanterna, mesmo que vença o rival, o Coritiba não fecha a rodada além de um 18º lugar. Reflexo do “passivo técnico” deixado por Celso Roth. O grupo evita olhar para o passado e persegue a sua primeira sequência de bons resultados. Um dos trunfos para acertar o pé e uma campanha equilibrada está na dupla Alex e Robinho. Com os dois principais articuladores em campo, o Verdão tem um retrospecto interessante: são três vitórias, dois empates e três derrotas, com um aproveitamento de 45,8%. A marca prova que os dois “se completam”.

Isoladamente, os meias não têm o mesmo resultado. Sem Robinho, Alex só conseguiu um desempenho de 11%. Sem nenhuma vitória, o Coritiba, apenas com o camisa 10 em campo, empatou duas e perdeu quatro. O aproveitamento só com Robinho em campo, é melhor: 25%, com uma vitória, e igual número de empates e derrotas (4). Já sem Alex e sem Robinho, o Coxa tem um desempenho de 50% (uma vitória e uma derrota). Com a recuperação de Robinho confirmada, a tendência é que Marquinhos Santos não abra mão da dupla. Durante a semana, o treinador chegou a trabalhar com Martinuccio no time, mas o Coxa deve iniciar o jogo com um meio-campo, teoricamente, mais coeso.

Hélder e Robinho, poupados da atividade de quinta – devido à fadiga muscular – voltaram aos trabalhos na manhã de ontem, quando Marquinhos Santos comandou o apronto coxa-branca. Assim, a tendência é que o Coritiba inicie o clássico com os retornos de Carlinhos à lateral-esquerda e de Rosinei ao meio-campo. Com isso, quem deve deixar o time é o atacante Elber, que teve um desempenho fraco em Porto Alegre, frente ao Internacional. Na essência, o time estaria armado com um “losango por dentro”, tendo Hélder mais recuado e Rosinei e Robinho com liberdade para municiar Alex.

Outra opção seria a entrada de Martinuccio, como ocorreu no segundo tempo da última partida. Com Alex e Martinuccio vindo de trás, o Coxa conseguiu bom volume de jogo, mesmo fora de casa. Porém, o argentino ainda não está na sua plenitude física e deverá ficar no banco de reservas. Independente da escolha final de Marquinhos Santos, é certo que o Coxa terá uma postura ofensiva, marcando meia-pressão e tentando encurralar o adversário desde o primeiro minuto. É o que resta ao Verdão, que tem apenas treze rodadas para tentar duplicar sua atual pontuação (23 pontos) e, com 46, sonhar com a permanência na elite do futebol brasileiro.

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