Cansaço, desgaste, tensão. São explicações bem razoáveis para o Coritiba não ter jogado bem ontem no Couto Pereira. Mas o 1×1 com a Ponte Preta tem mais a ver com o baixo rendimento técnico do time, que não conseguiu manter o nível de atuação das últimas partidas. Mesmo descontado, Kléber mostrou ser imprescindível ao time. Como a sorte parece ter virado de vez, mesmo empatando em casa o Coxa saiu no lucro na rodada do Campeonato Brasileiro. Está agora com quatro pontos de vantagem para as equipes da zona de rebaixamento. A fuga da degola ficou mais próxima.

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Tarde quente, torcida fervendo. Muita gente foi recepcionar o Coritiba na chegada ao Couto Pereira. Mais uma vez o torcedor respondia à convocação e enchia o estádio – e também as ruas. Mas o jogo começou bem morno. Os donos da casa quase abriram o placar com Thiago Carleto e Rildo, e depois não aconteceu mais nada. Era tanto nervosismo que os times não conseguiam criar muita coisa.

Do lado alviverde, havia a vontade de vencer e enfim abrir uma vantagem considerável da zona de rebaixamento. O objetivo não era atingido porque alguns jogadores atuavam abaixo do que produziram nas últimas rodadas – a ponto de Rildo quase ter dado um gol para os visitantes, quando recuou nos pés de Léo Gamalho, que parou em Wilson. Do lado alvinegro, a vontade de sair da ZR esbarrava na dificuldade técnica e no consequente isolamento de Lucca, o único jogador da Ponte que poderia levar mais perigo.

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O Coxa ainda reclamou – e com razão – do fraco árbitro Elmo Alves Rezende Cunha. Na reta final do primeiro tempo, Tiago Real pediu pênalti na chegada de Jeferson, mas o lateral da Macaca fez a penalidade ao meter a mão na bola. Nada foi marcado. Foi o momento mais tenso de um primeiro tempo de faltas duras e pouco futebol.

Daniel reapareceu depois de sete meses e foi bem. Foto: Jonathan Campos

Pra melhorar o Coritiba, Marcelo Oliveira fez a alteração prevista – tirou Jonas e colocou Kléber. Mas além da mesma dificuldade para criar, o time passou a ter problemas na marcação, dando mais espaço para a Ponte Preta jogar. Aí, o treinador tirou Daniel do banco. O meia voltava a atuar depois de sete meses afastado, entrando no lugar de Henrique Almeida. Era preciso arrumar o meio-campo.

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Nem deu tempo. Aos 19 minutos, a arma coxa foi utilizada pela Ponte. Escanteio da direita, Léo Gamalho na primeira trave, gol dos campineiros. Só que a defesa da Macaca cometeu uma das maiores trapalhadas de 2017 no lance seguinte. Daniel lançou Yan Sasse, Rodrigo não cortou, Jeferson derrubou o próprio companheiro e Yago deu um bico em cima de Yan, tirando totalmente Aranha da jogada. Gol do garoto coxa, tudo igual.

Aí começou uma pressão quase insana do Coritiba na busca da virada. Na verdade, o jogo ficou insano, porque a Ponte também precisava vencer e também se lançou ao ataque. A cada tentativa alviverde, como a de Kléber de primeira, vinha uma campineira, na pancada de Lucca. As duas não entraram. Nesse momento, Getterson também tinha entrado, no lugar de Yan Sasse, alteração que abriu o Coxa de novo.

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Mas apenas de Kléber saíam jogadas de maior perigo. Thiago Carleto, Alan Santos e Tiago Real, destaques do time nas últimas partidas e jogadores que poderiam ajudar muito o Gladiador, estavam mal. E quando o time sentiu o desgaste, ficou impossível vencer. Ao menos o Coritiba terminou o domingo mais tranquilo, apesar de ter perdido uma chance de praticamente dar um bico nas preocupações.