Desta vez, sem sustos. O Coritiba foi superior ao Uberlândia, venceu por 2×0, nesta quarta-feira (22), no Parque do Sabiá, e se classificou para a terceira fase da Copa do Brasil. Se na primeira fase da competição o time frustrou todas as expectativas mesmo com a vaga conquistada, na partida no interior de Minas Gerais o Coxa demonstrou segurança e reafirmou a evolução tática das últimas partidas.
O próximo adversário alviverde na Copa do Brasil é o Goiás. O primeiro confronto já está marcado para a próxima quarta-feira (28), às 19h30, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. A volta será no dia 14 de março, outra quarta, também às 19h30, no Couto Pereira. Antes da terceira fase, o Cori tem a final da Taça Dionísio Filho, a primeira fase do Campeonato Paranaense, contra o Rio Branco, domingo (25), no Alto da Glória.
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Diferente de outras partidas, o Coritiba não teve a postura retrancada que chegava a irritar a torcida. Mesmo não tendo um time que consiga dominar amplamente o jogo, era possível ter o controle tático diante de uma equipe frágil como o Uberlândia – apesar de toda a empolgação dos donos da casa. Wilson só foi ameaçado uma vez, num chute de Cesinha que o goleiro precisou se esticar para defender.
Já o Coxa rondou bastante a área mineira. E sofreu com as faltas. Numa delas, ainda no comecinho da partida, João Paulo tirou William Matheus do jogo em um carrinho frontal. Alecsandro e Léo Andrade (o substituto de William) também foram vítimas de chegadas perigosas do Uberlândia. Numa dessas infrações, Julio Rusch acertou a trave. Léo quase marcou numa bobeada do goleiro Clebão. Esse lance foi um sinal.
Aos 30 minutos, a bola parada de Rusch se mostrou de novo como a principal arma ofensiva do Coritiba. Ele cobrou escanteio e, antes que Romércio chegasse, Rafael Estevam se embananou todo e marcou gol contra. O árbitro também ficou perdido e achou que foi o zagueiro alviverde quem fez. “Ele perguntou meu número e eu respondi. Se ele quiser me dar o gol, melhor”, disse o camisa 4 do Cori.
Mesmo tentando pressionar, o Uberlândia não foi perigoso até o final da primeira etapa. Com oito jogadores das categorias de base, o Coxa mantinha a organização para seguir melhor na partida. Faltava mais participação da turma da frente – Alecsandro, Iago e Guilherme Parede estavam apagados.
Na etapa final, os donos da casa vieram cheios de vontade. Mas essa animação não trazia qualidade. Assim, o Cori tinha mais espaço para contra-atacar, apesar de só sair na boa. Tanto que demorou a aproveitar a saída em velocidade – e quando fez isso, marcou o segundo gol. Eram 11 minutos, quando Guilherme Parede saiu livre pela direita e cruzou. Julio Rusch apareceu dentro da área e cabeceou com estilo, ampliando a vantagem alviverde.
A partir daí, o Uberlândia partiu desesperadamente em busca de uma reviravolta. Tentando se preservar para a final da Taça Dionísio Filho, os coxas-brancas trocavam passes e deixavam o tempo passar, com uma tranquilidade que não foi vista na partida contra o Foz do Iguaçu. Com paciência e segurança, mesmo depois da expulsão de Marcos Moser, o Coritiba administrou o resultado e garantiu a classificação, o R$ 1,4 milhão de premiação e a manutenção da moral elevada para a sequência de decisões que continua no domingo.