Segundo treinador do Coritiba na temporada de 2019, Umberto Louzer conseguiu dar um pouco da sua cara ao time. Não que o Coxa esteja atingido o seu ápice e esteja fazendo grandes apresentações na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, se comparado ao desempenho do ex-comandante, Argel Fucks, o Verdão melhorou com o atual comandante e, apesar de ainda oscilar, tem dado esperança ao torcedor de que o Coxa pode brigar efetivamente pelo acesso à primeira divisão do ano que vem.
Os números, na verdade, mostram isso. Louzer assumiu o Coritiba no segundo turno do Campeonato Paranaense. De lá pra cá, foram 12 jogos à frente do time. Conseguiu seis vitórias, quatro empates e duas derrotas, com aproveitamento total de 61%.
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No Estadual, o comandante levou o Coxa à final da Taça Dirceu Krüger, mas perdeu a disputa nas penalidades para o time de aspirantes do Athletico, na Arena da Baixada, depois do empate em 1×1 no tempo normal. Já na decisão do título paranaense, o Alviverde já estava mais adaptado à filosofia do treinador. E, mesmo que o Verdão não tenha ficado com a faixa de campeão, a equipe já mostrava um novo estilo de jogo.
O treinador, na verdade, foi contratado com um objetivo bem claro: fazer do Coritiba um protagonista e capaz de propor os jogos, algo que não se via sob o comando do ex-técnico do clube, Argel Fucks. No entanto, para cumprir tal missão, Louzer precisava de peças que pudessem fazer o Coxa assumir esse protagonismo dentro de campo.
Alguns desses reforços chegaram no decorrer do trabalho ou conseguiram uma sequência durante esse período que Louzer está à frente do time. O meia Rafinha foi o último a chegar e já assumiu seu papel importante dentro do setor ofensivo. Nesse contexto, Rodrigão ganhou o status de peça fundamental na equipe, enquanto o meia Giovanni, contratado para ser o principal armador do Verdão, ainda não engrenou como se esperava.
O Coritiba, sob o comando de Louzer, ainda não consegue assumir totalmente esse protagonismo. O treinador nunca escondeu que este é um processo demorado e que começou pela defesa. O rendimento defensivo melhorou e o time tem sofrido pouco. Tanto que nesses 12 jogos, foram apenas sete gols sofridos. Somente na Série B, foram três gols tomados e o Verdão aparece entre as melhores defesas da segunda divisão.
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Se lá atrás a equipe está sólida, o ataque ainda não está como se espera. O Coritiba é um time que cria pouco, mas que tem em Rodrigão e na sua eficiência dentro da área, a sua arma para conseguir vencer as partidas. Mas falta muito para a equipe atingir um bom nível de competitividade do seu setor ofensivo.
Para se ter uma ideia, o técnico Argel Fucks, mesmo com a fama de ‘retranqueiro’ e de colocar em campo um time que propõe pouco os jogos, teve os mesmos sete gols sofridos, mas em sete partidas que esteve à frente do time. Não à toa, viu seu trabalho, neste ano, durar pouco menos de 45 dias e acabou sendo demitido depois da eliminação na Copa do Brasil para a URT, em Minas Gerais.
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Fucks, na verdade, não fez nada demais para ter, no final do ano passado, seu contrato renovado depois de uma participação mediana na reta final da Série B. A diretoria apostou no treinador e precisou de pouco tempo para ver que estava errada. A correção de rota foi feita, mas somente uma sequência mais regular na sequência da Série B vai provar se a escolha por Umberto Louzer foi acertada.