Quatro jogos sem vitória. Na mais equilibrada disputa de Campeonato Brasileiro da Série B desde a adoção dos pontos corridos, qualquer sequência positiva joga um time para cima. E uma série de tropeços pode complicar a vida. Após dez jogos sem perder, o Coritiba encara agora um jejum de vitórias, que foi aumentado com a derrota de ontem para o Atlético-GO por 2×1, em pleno Couto Pereira.
O impacto da sequência negativa foi o fim da vantagem segura do Coxa dentro do G4. Mesmo sem assumir a liderança, a equipe tinha uma diferença grande para p quinto colocado. Agora, são apenas dois pontos para Operário e Paraná Clube – o Alviverde tem 34 contra 32 de Fantasma e Tricolor. Um outro resultado ruim na partida de sábado contra o Londrina pode tirar o Coritiba do grupo dos primeiros colocados na Segundona.
+ O jogo: Coritiba joga mal e perde em casa
Além da perda da vantagem que tinha, o que preocupa o Coritiba é a queda de rendimento técnico. Nas duas derrotas seguidas, para Ponte Preta e Atlético-GO, falhas individuais e de posicionamento foram decisivas. Ontem, o time se colocou em uma arapuca ao não desistir da saída de jogo desde Alex Muralha e, quando viu, estava pressionado dentro da própria área e já atrás no placar.
O técnico Umberto Louzer fez de tudo, inclusive mudar todo o esquema tático. Ao tirar o lesionado Walisson Maia e colocar Patrick Brey no meio, a tentativa era de deixar o time mais ofensivo. “Tem que correr riscos no jogo, trouxe o Sales para a zaga e liberei os laterais. Coloquei o Patrick Brey para ampliar a linha defensiva deles e criasse chance para marcar o gol”, explicou o treinador alviverde.
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Não funcionou muito, a ponto de o Coxa só marcar depois de o Dragão ter ampliado. Os jogadores reclamaram com razão o pênalti não marcado de Oliveira em William Matheus (“É tudo contra o Coritiba”, atirou Sabino), mas o próprio Louzer admitiu a má jornada. “Continuamos no G4, mas é claro que a nossa a distância foi diminuída em relação a quem está fora”, comentou sobre a aproximação de Operário e Paraná.
O que Louzer não quer é que a instabilidade atual perdure. No primeiro turno, o Coritiba venceu na estreia a Ponte Preta, mas teve tropeços em casa e ficou fora do G4 – e o técnico correndo risco de demissão. Mesmo assim, ele acha importante que o time sinta o resultado. “Temos que tirar lições, claro que todos nós estamos insatisfeitos. A derrota tem que doer, mas tem que cicatrizar o quanto antes e já tem que projetar o jogo contra o Londrina”.
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O duelo paranaense no sábado será no estádio do Café, e a certeza no Coxa é que será muito complicado – o Londrina vem de uma série de derrotas e toma o confronto como decisivo para voltar a lutar pelo acesso. O primeiro passo, segundo Umberto Louzer, é ter a certeza de que nada será fácil até o final da Série B. “Por mais que a gente converse, alerta e saiba da dificuldade da competição, internamente, a gente está identificando tudo isso e vai dar uma resposta normalmente. Assim como teve dificuldade na saída de turno, agora é olhar mais para dentro. Continuamos no G4, a margem diminuiu, mas ainda dependemos das nossas forças”, garantiu o treinador alviverde.