Situação incômoda

Coritiba lida com primeira crise na Série B após começo ruim

Umberto Louzer segue com discurso batido e nova derrota pode deixar sua situaçção insustentável. Foto: Hedeson Alves

A derrota sofrida no clássico para o Paraná Clube por 3×2, sábado (8), no Couto Pereira, escancarou de vez a primeira crise do Coritiba na edição deste ano da Série B. Mesmo com um grupo considerado mais competitivo do que o de 2018, o Coxa ainda não conseguiu engrenar e já registrou seu pior início de segunda divisão da sua história. O técnico Umberto Louzer, cada vez mais pressionado, precisa dar uma resposta imediata nesta terça-feira (11), às 21h30, diante do Guarani, em Campinas, para não ter seu cargo ameaçado de vez.

Mesmo que vença o Bugre, no Brinco de Ouro da Princesa, o Coxa já tem uma marca negativa. Com apenas duas vitórias em sete rodadas, o Verdão tem campanhas piores que nas edições de 2006, 2010 e 2018, quando, na sétima rodada, já tinha 14 pontos. Em 2007, temporada em que conseguiu título e acesso, a marca atingida neste momento era de 13 pontos. Agora, são apenas nove pontos.

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Louzer sabe que a parada para a Copa América é o período onde os clubes vão se arrumar. Um novo revés diante do Guarani, que está na zona de rebaixamento, pode tornar a situação do treinador insustentável. Sobretudo pelo motivo o qual foi contratado. A ideia era fazer do Coritiba um protagonista nas partidas, mas segundo ele, as mudanças (apesar de poucas até agora) em sequência na equipe tem tornado essa tarefa mais difícil.

“A gente precisa desse conjunto, dar essa sequência. Mais uma vez, tivemos que alterar a equipe. Quanto mais você mexe, mais o entrosamento demora. Mas é claro que temos cobrado esse comportamento, essa agressividade e essa intensidade. Mesmo que você vá fazer posse ou circulação, que ela seja mais veloz, para que possa mexer com a marcação. Precisamos, o mais rápido possível, criar esse mecanismo para colher os resultados”, explicou.

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O Couto Pereira estava mais uma vez lotado. Quase 40 mil pessoas acompanharam o primeiro Paratiba da Série B. Em campo, o Coxa mais uma vez não deu a resposta esperada. Essa sinergia criada entre equipe e torcida foi quebrada e o Alviverde deixou o clássico com um gosto amargo.

Coxa cometeu muitas falhas no clássico e treinador cobrou evolução. Foto: Hedeson Alves
Coxa cometeu muitas falhas no clássico e treinador cobrou evolução. Foto: Hedeson Alves

“Sentimento ruim e não poderia ser diferente. Eu não estou satisfeito, até por jogar em casa, com a torcida apoiando do início ao fim e nós não fomos eficientes. Nós ficamos duas vezes à frente e não tivemos o equilíbrio para ficar à frente do marcador. É tirar lições e na terça-feira já tem outra partida. Que tenhamos um comportamento diferente, para que seja um resultado diferente”, cobrou Louzer.

Apesar de o discurso do técnico já estar um pouco batido, a confiança ainda é alta de que o Coritiba conseguirá o acesso à primeira divisão.  “Nós temos analisado outras situações e, internamente, iremos resolver da melhor maneira possível. Tenho certeza que esse grupo vai dar resposta e continuo convicto que vamos conseguir o acesso para a Série B nas três rodadas de antecedência, assim como eu falei”, reforçou o técnico.

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O discurso pode até ser otimista, mas dentro de campo o Coxa tem errado demais. A defesa, até então com certa regularidade, foi ponto de desequilíbrio na derrota para o Tricolor. O treinador lamentou os erros e espera fazer os ajustes necessários para dar uma resposta imediata.

“São esses pequenos detalhes que faz você pagar um preço caro. Foi assim nos outros dois gols. No primeiro gol, a posse estava com a gente e o adversário foi eficiente. No terceiro, a gente estava com superioridade e não conseguiu encurtar na beira do gramado. A gente tem que trabalhar e sabe que precisa evoluir e melhorar. O Coritiba tem uma camisa pesada e tem como único objetivo subir. Precisa fazer o ajuste o quanto antes para melhorar”, finalizou Louzer.

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