O Coritiba segue na sua maratona de decisões. Hoje, o desafio é buscar a primeira vitória fora de casa sob o comando de Marquinhos Santos. O jogo na Vila Belmiro, às 21h, frente ao Santos, pode tirar o Verdão da zona do rebaixamento após quatro meses atolado entre os quatro últimos colocados do Brasileirão. O adversário desta noite vive um momento também delicado, somente seis pontos à frente, e convivendo com pressão de seu torcedor. Além de um bom resultado, a torcida coxa “seca” Chapecoense e Palmeiras, concorrentes diretos e que também entram em campo hoje.
Após a goleada sobre a Chapecoense, todo mundo imaginava em dias serenos. Não foi o que ocorreu. Zé Love e Leandro Almeida expuseram atrasos salariais e, para completar a semana tensa, ontem o imbróglio envolvendo a contratação de Giancarlo tomou conta do noticiário alviverde. Em meio a esse cenário, ninguém falou com a imprensa após o treinamento. A alegação da assessoria de imprensa foi o “horário apertado” para almoço e deslocamento ao aeroporto. O técnico Marquinhos Santos sequer posicionou o time, pois vários atletas ainda apresentavam sinais de desgaste. Hélder, Martinuccio e Robinho ficaram na banheira de gelo, enquanto os demais realizaram um rápido trabalho no Couto.
Duas alterações forçadas impedirão Marquinhos de dar sequência ao time-base utilizado na última quarta-feira. O lateral-direito Norberto e o zagueiro Welinton estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo. A situação de Welinton é ainda pior. Uma forte torção no tornozelo esquerdo o tira de ação nas próximas semanas. Para a lateral, a tendência é a entrada de Ivan, que faria a sua estreia nesta Série A. Nas últimas jornadas, ele foi a opção para o setor no banco de reservas, ao que tudo indica superando Reginaldo, que foi titular durante algum tempo na “era” Celso Roth. Na zaga, Luccas Claro entra ao natural.
Mesmo tendo algumas opções – até para uma cautela maior no meio-campo -, Marquinhos não deve mexer na estrutura utilizada nos jogos em casa. O treinador lembra que neste momento a sequência é importante para jogadores que estão consolidando espaço neste “novo” Coritiba. São os casos de Martinuccio e Elber. Os dois deram muita dinâmica ofensiva ao time e a ideia de Marquinhos é manter uma estrutura bem definida, independente do local da partida. “É claro que a gente, dependendo do estilo do jogo ou do adversário, arrisca mais numa marcação bem avançada”, frisou Marquinhos, que hoje, independente das peças, deve adotar uma marcação mais conservadora, jogando no erro do Peixe.
Alex reencontra a bola
Nove dias após o trauma na região lombar, Alex voltou aos treinamentos com o grupo. Um teste de campo, segundo a assessoria do clube. Para o camisa 10, foi muito mais do que isso. A contusão sofrida no jogo frente ao Flamengo gerou uma apreensão geral no Coritiba, inclusive em relação à sequência de Alex nesta sua última temporada como jogador profissional. Treinar normalmente com o grupo já foi uma conquista para o atleta, que a partir da próxima semana já começa a pensar no retorno ao time.
Alex tem menos de três meses para “curtir” sua última temporada dentro dos gramados. Um ano que ele imaginava muito melhor. Após a campanha ruim no Paranaense e a eliminação na Copa do Brasil, restou ao craque coxa uma sequência honrosa no Brasileirão, ajudando o clube do coração a se distanciar das últimas colocações. A partir de amanhã, restarão apenas dezessete jogos. Uma contagem regressiva para Alex, que neste domingo completará 37 anos. Nesta trajetória final com a camisa coxa, serão nove jogos em casa e outros oito fora.
